Artigo por Raissa Fontura e Jota neto
Experiência do Usuário ou User Experience (UX) é fruto de uma cadeia de fatores. Entre os mais importantes, encontramos a Arquitetura da Informação (AI). Você conhece as diferenças e relações entre os assuntos?
Informações organizadas e priorizadas para serem facilmente compreendidas pelo usuário são parte dos sistemas com boa UX. Porém, a Experiência do Usuário vai além disso, envolvendo tanto os elementos visíveis como invisíveis dos projetos.
Neste conteúdo, explicamos essas diferenças e tiramos as principais dúvidas sobre Arquitetura da Informação no Design de Experiência. Continue a leitura!
A importância da Arquitetura da Informação para UX
A Experiência do Usuário foca em fazer com que as pessoas tenham interações positivas com as soluções. Logo, precisa identificar e satisfazer desejos e necessidades, além de atender às expectativas ou, até mesmo, surpreendê-las em sua jornada com produtos, serviços, aplicativos, sites etc.
Trata-se de uma preocupação contínua nos projetos. Do momento em que tentamos entender o que é valor para o usuário até a implementação de soluções centradas nas pessoas, sempre estamos considerando, ainda que indiretamente, a UX.
No entanto, uma vez que temos uma boa ideia de o que são esses requisitos, entramos na questão de que forma adotar medidas para atendê-los. E um dos aspectos mais importantes será a entrega de informações.
Por isso, a Arquitetura da Informação é um dos campos do conhecimento que emprestam suas ferramentas para que possamos construir uma boa Experiência do Usuário. Podemos imaginar a UX enquanto uma corrente com diversos elos, e um deles é a organização e a priorização das informações em uma solução.
As diferenças entre UX e AI
Os temas, portanto, são diferentes, mas complementares. Arquitetura da Informação é um dos elementos que causam uma boa Experiência do Usuário. Quando os temas são estudados, existe a figura da intersecção.
Imagine, por exemplo, que uma equipe foi incumbida de atualizar um site. Se o código fonte não seguir boas práticas de Arquitetura da Informação, por exemplo, estando desorganizado e sem comentários, isso, não necessariamente, impacta a UX. Afinal, a carga de trabalho gerada pelo código desorganizado poderia ser compensada com mais horas de trabalho, e o resultado final para o usuário pode ser o mesmo.
Por outro lado, se a página inicial do site ficar desorganizada e difícil de compreender, haverá um grande prejuízo da Experiência do Usuário. Portanto, embora exista Arquitetura da Informação fora da UX, ela é uma peça importante do quebra-cabeça de projetar interações positivas entre usuários e soluções.
Em resumo, alguns elementos só dizem respeito à AI e outros tantos só se referem à UX, mas os conceitos se complementam.
Como a Arquitetura da Informação influencia a Experiência do Usuário
Em diversos pontos, veremos a Arquitetura de Informação contribuindo para uma Experiência do Usuário mais positiva. Afinal, por meio da compreensão das informações disponibilizadas pela solução, a pessoa consegue se orientar e, de fato, extrair valor do produto, serviço, aplicativo etc.
Nesse sentido, o primeiro impacto ocorre na usabilidade e na acessibilidade. Por meio da AI, realizamos a organização e a priorização visual da informação. Um exemplo de aplicação do conceito em grandes organizações é visto no site do Governo do Reino Unido.
Aposta-se em um visual simplificado, em que o cidadão comum consegue perceber que os links em azul dão acesso a outras camadas de informação. A Arquitetura da Informação é indispensável. Sem a taxinomia — criar itens, rótulos, categorias e outros metadados para organização — e coreografia — estabelecer as relações entre as partes —, não haveria uma boa UX.
No entanto, seus elementos convivem com outros elos que vão criar uma Experiência do Usuário mais positiva. É o caso da fluidez, causada pelo uso de buscador na home e lista suspensa com links, bem como da indicação de localização (status do sistema) e possibilidade de retorno à seção anterior (home).
Também percebemos claramente que a UX engloba mais que a AI quando enxergamos que o site foi pensado para ser leve. Portanto, mesmo o usuário com internet lenta tem a experiência positiva de a página carregar instantaneamente diante dos olhos. Logo, um aspecto não deriva da Arquitetura da Informação.
Como a Echos ajuda você a aplicar os conceitos de Arquitetura da Informação
Nos cursos da Echos, a Arquitetura da Informação é um tema recorrente. Afinal, é uma das camadas mais importantes dentro da UX de produtos digitais.
Em primeiro lugar, as capacitações ajudam você a entender o contexto mais amplo, que é a Experiência do Usuário. Na prática, UX convive com diversas outras questões relacionadas a Negócios e Marketing, como análise de competidores e roadmap de produtos.
Também devemos considerar os aspectos psicológicos e como eles se refletem ou podem estar inseridos no produto, especialmente os comportamentais dos usuários. Nesse sentido, são diversas práticas:
- questionários;
- entrevistas;
- testes de usabilidade;
- mapeamento de personas;
- técnicas como Card Sorting e Tree Testing.
Portanto, é possível dizer que a relação entre AI e UX se dá no campo dos conhecimentos teóricos e nas aplicações práticas de concepção, construção e aperfeiçoamento de produtos, serviços, interfaces e sistemas.
Nelas, adotamos uma perspectiva centrada no usuário, em que o primeiro (AI) confere grande respaldo para atuação do segundo (UX). Porém, este não pode ser considerado equivalente àquele, tendo em vista abordar aspectos que extrapolam a organização e a priorização de elementos visuais e informacionais.
Nos cursos, a Arquitetura da Informação também estará presente nas práticas e nas ferramentas utilizadas durante as capacitações. Praticamente qualquer atividade, de agrupar post-its de ideias em categorias até pitchs de vendas, apresenta algum princípio de organização e de priorização.
Sendo assim, você pode usar as formações ligadas à Experiência do Usuário para entender o contexto mais amplo e saber por que está aplicando conceitos de Arquitetura da Informação. Além disso, consegue exercitar esses fundamentos em exercícios, cases, tarefas simuladas e outras atividades.
Para ter acesso a esse conhecimento e impactar positiviamente o cliente, entre em contato com a Echos e conheça as formações em UX!