Facebook, Linkedin e Dropbox são exemplos de empresas que aplicaram o growth hacking para fazerem seus negócios decolarem. E desde então, a estratégia tem sido cada vez mais utilizada por empresas de grande, médio porte e até startups. Aqui mesmo no blog já falamos sobre o  por que a sua empresa deveria se preocupar com Growth Hacking? e listamos  suas 5 ferramentas essenciais.

Neste post, vamos mostrar como os valores do design thinking podem ser utilizados para colocar a estratégia de growth hacking em prática com a profundidade da inovação.

Antes de mais nada vamos recapitular o que é growth hacking e o que é o design thinking. Se você já conhece bem os conceitos, pode pular os dois próximos parágrafos e ir direto para o conteúdo.

O que é growth hacking?

Segundo a definição do próprio criador do termo, Sean Ellis, a definição de growth hacking é marketing orientado a experimentos. Seu objetivo é encontrar oportunidades/brechas (hacks) para o sucesso e criar estratégias específicas visando resultados rápidos para o crescimento (growth) da empresa. Resumindo, growth hacking serve para crescimento rápido com o menor custo possível. Para aplicá-lo, há uma série de preceitos básicos e passos que se utilizam do marketing, da tecnologia e da criatividade.

O que é design thinking?

É uma abordagem para inovação centrada nas pessoas. Ele possui três grandes valores: empatia (colocar no lugar do outro e entender quais são as demandas humanas no contexto); colaboração (potencializar o melhor de cada um e trazer mais repertório para a solução); experimentação (construir, criar coisas, e aprender com o erro).

 

Etapas do Design Thinking X Etapas do growth hacking

 

Funil e entendimento

Tudo começa pelo funil, que nada mais é do que uma jornada de 5 etapas pelas quais o usuário irá passar. Esse processo conversa com a fase do entendimento do design thinking, na qual você vai pesquisar a fundo o problema, a fim de fazer um entendimento 360º do desafio inicial. A diferença é que no growth hacking o usuário irá passar por fases, para assim melhor poder visualizar, organizar e metrificar.

Essas fases são:

Aquisição – Práticas para atrair e conquistar um cliente.

Ativação – O foco desta etapa é entregar a primeira boa experiência ao cliente.

Retenção – Etapa onde clientes estão satisfeitos e continuam utilizando seu produto.

Receita – Momento em que os clientes estão gerando faturamento para a empresa

Indicações –  Quando os clientes estão chamando amigos e conhecidos para se tornarem clientes também.

 

Geração de ideias ou ideação

Após a fase de pesquisa e organização, é hora de gerar ideias para alavancar as metas estabelecidas. No design thinking, chamamos esta etapa de ideação, que é quando construímos soluções para os problemas e dilemas encontrados na fase anterior. Para isso, temos uma série de procedimento para ajudar nesta etapa, como: usar post-it para escrever as ideias, chamar pessoas de diferentes equipes para gerar insight e gerar a maior quantidade de ideias possíveis para depois selecioná-las. Neste post, você poderá conferir  as 4 regras de ouro do processo de ideação.

 

Seleção de ideias ou ponto de vista

Depois de gerar ideias, é hora de selecionar quais irão ser colocadas em prática. No design thinking, chamamos isso de convergência de ponto de vista. É o momento de organização da complexidade gerada.  Na prática de growth hacking geralmente olha-se para a ideia que vai resolver o principal problema observado no funil. Outro critério importante para selecionar ideias é simplicidade, escalabilidade e baixo custo.

Realização de experimentos ou prototipagem

Hora de colocar as ideias na prática e começar os testes. No Design Thinking acreditamos que tirar a ideia do papel ajuda na visualização e iteração do seu funcionamento. Por isso, prototipamos algo rápido, sujo e barato.

Uma das ferramentas que podemos utilizar para testar nossas ideias é o MVP (Minimum Viable Product). O MVP é a versão materializada da sua ideia que permite a volta completa no ciclo de aprendizado com o mínimo de esforço e o menor tempo de desenvolvimento.

O ciclo de aprendizado é composto por 4 passos simples que permitem testar e, mais importante, validar qualquer coisa, um produto, serviço ou até mesmo modelos de negócio.

  1. Construir: construa um protótipo;
  2. Ver: Vá a campo, converse com as pessoas, faça-as vivenciar a sua solução. Não se esqueça de estabelecer quais os critérios são importantes de medir, estabelecendo escalas;
  1. Aprender: olhe os feedbacks e incorpore no protótipo o que for relevante;
  2. Medir: Meça o processo quantas vezes for preciso – e provavelmente serão muitas!

Análise de Resultados

É nesta fase que medimos o resultado das métricas estabelecidas em relação ao teste e se o desafio inicial foi cumprido. Podemos somar essa fase à etapa de iteração do design thinking, que é a oportunidade de refinar soluções e torná-las melhores após as conclusões do teste.

Como você pode toda a estrutura do design thinking a qual chamamos de “duplo diamante” ( entendimento, observação, ponto de vista, ideação, prototipagem, teste e iteração) conversa com as técnicas e etapas do growth hacking. Somando o que as duas têm de melhor você será capaz de conseguir o resultado perfeito: um crescimento rápido, inovador e focado no humano.

Quer saber mais sobre o assunto? Venha aprender Design Thinking na prática em nossos cursos presenciais e veja o curso online de Growth Hacking da Descola.

Ricardo Ruffo

Ricardo Ruffo is a born entrepreneur, educator, speaker and explorer. As a writer by passion Ricardo daydreams on how the world is changing fast and how it could be.

Ruffo is the founder and global CEO of Echos, an independent innovation lab driven by design and its business units: School of Design Thinking, helping to shape the next generation of innovators in 3 countries, Echos – Innovation Projects and Echos – Ventures. As an entrepreneur, he has impacted more than 35.000 students worldwide and led innovation projects for Google, Abbott, Faber-Castell and many more.

Specialist in innovation and design thinking, with extensions in renowned schools like MIT and Berkeley in the United States. Also expert in Social Innovation at the School of Visual Arts and Design Thinking at HPI – dSchool, in Germany.

Naturally curious, love gets ideas flying off the paper. He always tries to see things from different angles to enact better futures. In his free time, spend exploring uninhabited places around the world surfing.