Às vezes, nosso instinto simplesmente nos trai. Uma prova? Quem nunca desistiu de uma ideia, por mais simples seja, sem nem ao menos colocá-la em prática? E não precisa ter sido o insight da próxima startup a revolucionar o comportamento da civilização humana, mas até mesmo aquele ímpeto em tornar algo corriqueiro mais divertido, simples ou diferente já foi abandonado. Mais triste ainda se tais ideias nem surgem à mente.

É justamente para que as situações acima deixem de ser momentos de frustração que o conceito de confiança criativa tem sido propagado. Por meio dele, David Kelley, professor da d.school em Stanford e fundador do renomado laboratório de inovação IDEO, não somente detalhou seu método no livro de mesmo nome, como também desenvolve workshops e realiza palestras a respeito.

O incentivo principal é mostrar uma nova perspectiva, a fim de mitigar as respostas (que vivem na ponta da língua) de cada um daqueles que não se identificam como pessoas criativas. Neste post, mostramos o impacto desse conceito e como ele pode ser aplicado. Continue a leitura e saiba mais!

Por que é importante desenvolver a confiança criativa?

O convite feito por Kelley neste conceito é o de recuperar o que já é inerente ao ser humano: a criatividade, uma vez que todos temos a capacidade criativa, independente da área de atuação, idade ou qualquer outra característica. No entanto, durante o decorrer da vida, o estímulo a essa competência é diminuído — fato esse que se dá por razões distintas.

Entre elas está a própria estruturação do ensino, que tende a se basear em memorização e não na utilidade do conhecimento. Milhares de informações são passadas durante anos na escola sem que se mostre um real sentido prático para a grande maioria delas, o que as torna descartáveis após o período de provas.

Esse comportamento também é difundido em mais ambientes que não só o de ensino, até mesmo na forma em que somos criados. Momentos (não raros) em que ideias são ridicularizadas, ignoradas ou diminuídas por amigos e membros da família que passam o entendimento de que não temos ideias boas o suficiente para serem levadas adiantes.

Mas isso não é verdade. Para se beneficiar de todo o potencial que tem por meio da confiança criativa, confira as dicas a seguir!

O que é preciso para desenvolver a confiança criativa?

Desenvolver essa habilidade é um mecanismo de trazer à tona o prazer, muitas vezes perdido, no ambiente de trabalho. Isso porque a confiança criativa pode ressignificar a atuação, como também propor novos desafios. No mínimo a vida se tornará mais interessante. Siga as etapas listadas.

Coragem

Testar novos limites requer coragem de ir ao encontro do novo, de olhar e analisar por novas perspectivas, fazer o exercício de tentar novas abordagens e não se deixar abater pelo medo ou possíveis falhas. Requer espaço e tolerância para errar, aprender com ele e continuar exercitando a criatividade.

Persistência

A confiança criativa se vale ainda do termo autoeficácia criado pelo psicólogo Albert Bandura, focado em ser um processo gradual para avanços (no caso do profissional de saúde, para vencer fobias, e na confiança criativa para se aprofundar e superar no desenvolvimento criativo).

Curiosidade

Na prática, como aliada à inovação. Ou seja, a confiança criativa precisa gerar soluções relevantes, que resolvam problemas reais e transformem as dores ou frustrações da experiência da persona em momentos de ápices de satisfação. Ou seja, aguçar o olhar para a jornada dos consumidores é uma forma de procurar oportunidades para ser criativo.

Quais são as etapas da confiança criativa?

Agora, você entenderá o modus operandi desse método. Confira os tópicos, a seguir!

desenho de cérebro com cores que remetem ao desenvolvimento da confiança criativac

Explorar

O eterno desejo em evoluir é uma realidade da confiança criativa porque é preciso estar aberto a novos conhecimentos, pensamentos e possibilidades para que a novidade tenha condições de se desenvolver. Assim, por mais criativo que pareça já ser, explore mais.

Surpreender-se

Uma vez convencido da possibilidade de mudança, é hora de treinar o olhar. A capacidade de reparar no que é trivial e enxergar valor do comum é especialmente aguçada nas crianças. Reconectar-se com essa habilidade é essencial para criar. E, assim como ela, fazer muitas perguntas, inclusive as mais óbvias, a fim de ir além da pré-concepção que possa ter.

Ter tempo para pensar

Uma mente estressada e fixada em atender as expectativas não tem espaço suficiente para fazer as conexões inusitadas características da criatividade, o que só acontece quando a mente está relaxada. Quantas vezes uma boa ideia para resolver um problema veio durante uma atividade corriqueira? Dê a si mesmo o tempo hábil para gerar valor real.

Desenvolver empatia

A capacidade de ser interessado em ouvir, observar, interagir e analisar seus consumidores é característica intrínseca ao sucesso da solução criativa. Afinal o objetivo é surpreender positivamente esse consumidor e, portanto, é preciso entendê-lo.

Buscar o incomum

Provocar-se a pensar fora da lógica estabelecida pelo mercado é necessário para ir em direção a um Oceano Azul (Renée Mauborgne e W. Chan Kim) e conquistar diferenciação ao negócio. Se um mercado inteiro atua de maneira determinada, parece pouco promissor gerar melhoria no que já é feito por todo mundo ao invés de redesenhar completamente essa experiência.

Conectar-se

Ninguém tem todas as respostas. Nesse contexto, a ampliação constante de networking é também uma produtiva maneira de estímulo, a fim de abastecer-se de novas referências e perspectivas.

Começar agora

Pôr em prática tudo o que for possível e trabalhar para concretizar o impossível é desafiador e só surtirá efeito quando se tornar realidade. Assim, organizar esse processo a partir do Design Thinking pode ser o norte adequado para dar a liberdade necessária ao planejamento e à pesquisa, ao passo que também não deixa que caia na tentação de se fixar somente no campo das ideias.

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Equipe Echos