É de conhecimento comum que, independente do tipo de liderança, ela está diretamente ligada ao sucesso ou fracasso de uma empresa. E na liderança disruptiva isso também é uma realidade, ainda que ela se diferencie da liderança tradicional.
Enquanto o modelo convencional é essencialmente focado em metas e prazos, a liderança disruptiva tem como objetivo criar uma relacionamento horizontal com a equipe, ou seja, times interligados e que se fortalecem juntos.
E no mundo em que vivemos, conectados cada dia mais a dados e pessoas e onde a velocidade e a confiabilidade das informações é crucial, ter uma estratégia disruptiva traz inteligência ao negócio e otimiza processos.
O que é liderança disruptiva?
Liderança disruptiva é uma nova forma de se desenvolver o relacionamento de forma horizontal, ou seja, um relacionamento de igualdade entre os líderes e liderados.
Desse modo, é possível criar diversos times, uma equipe na qual todos se relacionam e complementam entre si de uma forma fora do padrão convencional, sendo um relacionamento mais livre, autêntico e de simplicidade.
Esse tipo de liderança foca nas constantes mudanças do mundo, com novas tecnologias surgindo a cada hora, mudando o rumo do mercado de um dia para o outro.
Neste contexto, a liderança disruptiva com os times trabalhando entre si de forma igual, é capaz de encontrar maneiras mais efetivas de realizar os trabalhos, minimizando os riscos de obsolescência de produtos e serviços, além de elevar o grau de produtividade geral.
Ou seja, a disrupção é um termo utilizado para a ruptura brusca de padrão. Neste caso, a troca do autoritarismo pela cooperação entre profissionais.
Com isso, outro ponto-chave desta metodologia é o encorajamento dos envolvidos a assumirem riscos e se desenvolverem com as falhas que ocorrem, deixando de haver punições pelos erros.
Liderança disruptiva x Liderança tradicional
Apesar de ser de conhecimento tácito que a liderança é o principal fator de sucesso ou fracasso de um negócio, ainda é possível encontrar diversos líderes tradicionais no mercado.
A grande diferença entre essa forma de liderar e a liderança disruptiva é o foco. Enquanto tradicionalmente, os gestores focam em metas e resultados, utilizando do autoritarismo e enfatizando as fraquezas e erros dos colaboradores, o comando moderno se concentra no desenvolvimento dos talentos da equipe, focando no futuro.
Com isso, se desenvolve uma cultura de amadurecimento e engajamento dos liderados com o negócio. Outras diferenças são:
Gestão tradicional
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Acredita que a única motivação da qual os funcionários precisam é o salário.
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Avalia o desempenho dos colaboradores por meio de indicadores objetivos.
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Realiza avaliações de desempenho de forma unilateral, ou seja, somente o chefe avalia.
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Em situações de conflito, se posiciona como um ditador, arbitrário na sua decisão.
Gestão moderna
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Motiva por meio do desenvolvimento de talentos habilidades profissionais.
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Avalia o desempenho dos colaboradores usando indicadores comportamentais.
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Dá feedbacks 360º, método pelo qual o colaborador é avaliado pelo gestor direto, colegas e outros profissionais que se relaciona, podendo também os avaliar.
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Treina a equipe constantemente.
Características da liderança disruptiva
Mesmo sendo uma maneira muito eficiente de se levar um time a ter sucesso, o gestor focando na liderança disruptiva necessita de competências específicas que possibilitem sua atuação. E as principais são as listadas abaixo.
Dar exemplo
A frase “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço” não pode ser aplicada para essa metodologia de gestão.
Para conseguir, de fato, inspirar uma equipe é preciso ter autoridade moral, ou seja, fazer aquilo ou até mais do que se pede ao time.
E quando erram, assumem o erro e buscam a reparação. Isso demonstra ética profissional, justiça e humildade, evidenciando a todos que é tão humano quanto qualquer outro.
Ser otimista
Um bom supervisor deve ter o otimismo correndo na veia. É preciso visualizar o futuro e passar adiante a visão do quão bom será quando todo o time chegar lá.
Isso mostrará a todos que o esforço de hoje será compensado amanhã e os motivará a deixar um legado na empresa.
Além disso, o otimismo é essencial para sempre transmitir o lado positivo de uma falha ou de mudanças que serão necessárias no caminho percorrido.
Ser seguro
Ter segurança e saber disseminá-la para o time é essencial, principalmente em tempos de crise ou mudanças nos processos.
Em épocas assim, a insegurança é gerada e é preciso que o líder saiba contornar a situação e manter o time alinhado e engajado.
Além disso, esses gestores possuem um grande autoconhecimento, identificando seus pontos fortes e fracos, pedindo ajuda quando necessário.
Isso se dá pois ele entende que um time de alta performance está interligado, com um ajudando o outro.
Desta forma, o time se torna mais seguro de si, sabendo que alguém estará lá para apoiá-lo nos momentos de dificuldade.
Ter autoridade
Autoridade é diferente de autoritarismo. A liderança disruptiva foca na autoridade do gestor, pois ele tem a responsabilidade de orientar e motivar o time para que, juntos, alcancem um objetivo em comum.
Ou seja, a competência do líder que dirá qual será o resultado. Nesse processo é normal não se agradar a todos. O foco não é esse. O importante é conseguir engajar todo o time, visualizando a meta.
Ser sincero
Mesmo que as falhas ocasionadas não sejam apontadas diretamente para os colaboradores, é necessário que haja sinceridade em relação ao ocorrido.
Ao pôr em prática o modo descrito, toda a equipe ficará ciente dos riscos e perdas que os erros provocam.
Se tal fundamento for realizado de forma respeitosa e na base da confiança, a produtividade e criatividade da equipe aumentam.
Para que isso ocorra, além da sinceridade, o gestor também precisa ter empatia, ou seja, tratar o outro como gostaria de ser tratado. Isso fortalece o time como um todo, melhorando o relacionamento interpessoal.
Dar e receber feedbacks
Um bom líder é aquele que sabe falar, mas que principalmente sabe ouvir. Esse profissional busca receber feedbacks de seus funcionários, clientes e fornecedores, a fim de identificar o que o mundo pensa e no que ele pode melhorar.
Ele sabe que os negócios são formados por pessoas e para se obter o melhor resultado, é necessário ampliar a consciência delas sobre elas mesmas.
Por isso, além de buscar sempre receber feedbacks, também o dão constantemente.
Isso porque sabem que essa é uma forma de acompanhar o desenvolvimento da equipe e correlacioná-la aos resultados alcançados.
Como visto, a liderança disruptiva é algo que deve ser tratada com atenção e implementá-la o mais rápido possível para se alcançar resultados promissores. Porém, encontrar o perfil adequado para esse tipo de profissional não é simples.
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