Business Design, ou design de negócios, é a capacidade de utilizar os princípios do design e as ferramentas de desenvolvimento de negócios em conjunto, criando soluções completas para os desafios e necessidades do mercado consumidor. Não à toa, essa é uma habilidade cada vez mais requisitada nas empresas.
Um business designer soma diversos conhecimentos aplicados de maneira dinâmica e ativa na busca de desenvolver produtos e serviços. Além disso, o especialista pretende que essas soluções sejam efetivas, tanto na utilização pelo público-alvo como em resultados para a organização.
A fim de explicar a área com mais detalhes, desenvolvemos este post. No conteúdo, explicamos os principais conceitos relacionados ao business design e tiramos dúvidas sobre o tema. Não deixe de conferir!
O que é business design?
O business design reúne as metodologias para desenvolver uma proposta de valor capaz de satisfazer os desejos e necessidades dos clientes, dentro de um modelo de negócios sustentável. Assim, seus conhecimentos contribuem para a criação e melhoria de produtos e serviços no mercado.
Nesse sentido, os especialistas da área lidam tanto com a proposta de valor da empresa para o público-alvo como os elementos do seu entorno. Resumidamente, não basta ter um produto desejado, é preciso garantir que ele:
- seja sustentável financeiramente;
- seja distribuído nos canais de venda certos;
- tenha um preço adequado ao poder de compra do potencial cliente.
O diferencial é que muitos princípios de design serão incorporados ao desenvolvimento da proposta de valor e modelo de negócios, especialmente a experimentação. Sem contar que o design thinking norteia o fluxo de trabalho, para que as soluções sejam mais inovadoras e competitivas.
Aliás, o design de negócios complementa o empreendedorismo. Enquanto empreender é o processo de identificar necessidades e entregar soluções para satisfazê-las, trabalhar com business design é fornecer os instrumentos para que a proposta de valor atenda às expectativas de inovação, eficiência, qualidade, experiência do cliente etc.
Assim, as competências de business designer também são úteis para os colaboradores de uma organização. Esses últimos podem praticar o intraempreendedorismo, criando, reinventando ou melhorando o modelo de negócios das empresas para as quais trabalham.
Vale ressaltar que o Design de Negócios é uma área ampla. Se tomarmos o modelo canvas de negócios como exemplo, teríamos oito outros pontos em que é possível inovar e aplicar os conhecimentos de design além da proposta de valor, como fluxo de receitas, atividades principais e relacionamento com o cliente. Logo, diferentes departamentos podem evoluir se os profissionais tiverem esse conhecimento.
Por que o design de negócios é importante?
O processo do business design é baseado nos princípios do design como: visão holística e experimentação, sem deixar de lado as lições necessárias do mundo dos negócios.
Com isso, os profissionais trazem melhores resultados. A criação de soluções ocorre de maneira mais completa e tende a economizar e otimizar recursos durante todo o processo de criação, além de alcançar resultados mais expressivos quando a proposta de valor é lançada no mercado. Afinal, o processo se deu o trabalho de buscar soluções mais compatíveis com o perfil do cliente.
A visão holística acontece pelo aprofundamento e imersão no contexto em que o problema ou desejo latente está inserido, a fim de gerar empatia suficiente para que se possa ter insights de produtos que levem real valor ao usuário.
Já a experimentação parte do pressuposto de que, ainda que o levantamento de informações tenha ocorrido, as ideias levantadas são hipóteses que podem ou não serem validadas pelo mercado consumidor.
Portanto, uma vez que se alcancem o patamar de viável financeiramente, visto os custos e margens, é necessário testar o que foi desenvolvido com potenciais clientes, para que a solução de business design se prove praticável diante do público-alvo.
Uma habilidade do futuro
O motivo para considerar o design de negócios uma habilidade importante é a competitividade de mercado. Está mais associado a proporcionar um futuro (sustentabilidade de negócio), pois já é aplicada atualmente no mundo business.
Isso ocorre porque, hoje, se trabalha para consumidores exigentes e sedentos por comodidade e resultados, e, por outro lado, há players também atentos e dispostos a sanar tais sentimentos.
Portanto, o business design aparece como competência necessária a todo os tipos e níveis de profissionais, tendo em vista criar ambientes organizacionais propícios à inovação, no qual todas as peças estão capacitadas e voltadas para a colaboração mútua e inovação para o mercado.
E para que ele aconteça, de fato, é importante ressaltar que, além dos conhecimentos técnicos aplicados, é necessário encarar o design de negócios como uma mentalidade, exercendo-a a partir de soft skills (competências comportamentais) que potencializem o processo, tais como empatia e boa comunicação.
Como funciona o business design?
O processo associado ao desenvolvimento de soluções a partir do business design passa por três etapas. A primeira tem foco em entender e analisar; a segunda, em aprimorar os insights e iterar, e a terceira, na estruturação e lançamento da solução.
Fases do business design
Mencionado acima, o primeiro momento se serve de empatia e aprofundamento (informações de pesquisas e a própria busca por dados in loco). Com isso, isentos de ideias pré-estabelecidas, os profissionais envolvidos conseguem enxergar as oportunidades do ambiente de inserção do produto.
Nessa fase, buscamos entender quais são os desejos e necessidades dos clientes e definimos a oportunidade. Esta última pode ser a criação de uma solução do zero ou mudanças na proposta de valor existente, a depender do momento da participação do profissional de business design.
Em sequência, é necessário utilizar os insights para formatar um modelo de negócio viável, do ponto de vista de entrega de valor para o cliente e sustentabilidade da empresa, testando-o (junto aos stakeholders — diretoria e clientes) até o ponto em que se torna ideal.
Assim, o modelo de negócios é desenvolvido a partir do teste sistemático de suas premissas. Aliás, essas precisam ser validadas sob diferentes perspectivas, como viabilidade técnica, sustentabilidade financeira e capacidade de a proposta de valor despertar o desejo no público-alvo.
Por fim, tendo estruturado e equilibrado os fatores ligados ao design e ao ambiente de negócios, parte-se para a fase de implantação da solução no mercado: captando recursos ou utilizando o capital da empresa para ser posto à disposição dos consumidores.
Benefícios do business design
O conhecimento envolvido no design de negócios é essencialmente prático, o que acaba proporcionando inúmeros benefícios à empresa e aos profissionais que o põem em prática diariamente.
Flexibilidade e resposta a mudanças
Entre esses benefícios, destaca-se a flexibilidade e efetividade na resolução de problemas, pois, ao ser absorvido como mentalidade, como um modus operandi, o business design é adaptado a cada novo desafio, a fim de sempre levar valor e trazer resultados.
Foco nos resultados
O fato de ser focado em resultados, por si só, também é um benefício, pois, ao ter o cliente como centro, é necessário abrir mão de vaidades e jogos de poder pela busca constante do que é melhor para o consumidor e para a sustentabilidade da empresa.
Crescimento profissional
Isso só se torna possível a partir do terceiro benefício, que é o crescimento profissional, proporcionado pelo know-how que só um profissional disposto a errar bastante, mas obstinado a encontrar a melhor resposta, pode ter. A partir da experimentação, o senso crítico e a bagagem são positivamente ampliados.
Visão holística
O profissional de business design também adquire a visão total do modelo de negócios e enxerga a conexão entre as partes. Com isso, sua contribuição é mais consistente, pois considera todos os aspectos do modelo de negócio, e não apenas uma atividade isolada.
Relacionamento com outras áreas
Isso não significa que outras áreas do design sejam menos importantes. Design de produto, Design UX, e demais campos, atuam cada um em seu segmento, e o design de negócios recorre a outros especialistas na composição do modelo de negócios da organização.
Colaboração
Por fim, e também associado ao desenvolvimento, está a soma da equipe. Profissionais diferentes, quando unidos por um mesmo objetivo, proporcionam conhecimento rico uns aos outros — pois, cada um em sua especialidade e vivência, provoca os demais a saírem de seus pensamentos lineares e incentiva a buscar novas ideias.
Como desenvolver designers de negócios?
Entendido todo o core envolvido na aplicação do business design, também fica subentendido que estão associados a ele conhecimentos, comportamentos e a experiência propriamente dita.
Além da atuação necessária a qualquer profissional que deseja atingir expertise, o que é possível conquistar atuando no mercado, é preciso se preparar para conseguir aplicar os conceitos e atitudes envolvidos no processo de criação de soluções.
Isso é possível devido à existência de escolas focadas em inovação e design, que desenvolvem tais competências nos mais diferentes profissionais a partir de metodologias tão criativas e provedoras de resultados quanto o próprio conteúdo que compartilham.
Programas de treinamento
Os profissionais de gestão de pessoas e RH podem entender o business design como um conjunto de competências técnicas e comportamentais para seus colaboradores. Logo, ao avaliar o desempenho, o departamento buscará soluções de educação para formar talentos com a capacidade de inovar em relação ao modelo de negócios.
Entre as principais, está o desenho de treinamentos para qualificar o capital humano. Nesse caso, após mapear a necessidade de treinamento, o profissional de RH busca cursos, livros, palestras e outras orientações especializadas etc. para os colaboradores.
Autogereciamento de carreira
A lógica de buscar qualificação também se aplica aos profissionais que tomam a iniciativa e não aguardam as ações da organização para desenvolver competências. Até porque, atualmente, o autogerenciamento da carreira ganha cada vez mais espaço, especialmente para melhorar a entrega de valor para as empresas e destacar-se profissionalmente.
Hard skills e soft skills
Em ambos os casos, quem busca a qualificação profissional precisa ficar atento às competências técnicas (hard skills) e comportamentais (soft skills) que compõem o conjunto de ferramentas de business design.
Em relação às hard skills, além da parte teórica, é importante conhecer as diferentes ferramentas aplicáveis ao processo de design de negócios, como storytelling, MVP, prototipação, Canvas e design thinking.
Por sua vez, as soft skills mais exigidas são a comunicação, colaboração, o pensamento de dono, a criatividade e proatividade. Todas elas ajudam a compreender o negócio e trabalhar em conjunto com outros profissionais para levantar e testar soluções.
De que forma a Echos pode ajudar?
Nós, da Echos, temos o propósito de formar a nova geração de profissionais inovadores no mercado brasileiro. E, entre outras opções de cursos, contamos com uma formação completa em Business Design Experience para ajudar a sua empresa no desenvolvimento de talentos com esse perfil.
O curso trabalha o modelo de negócios adequado ao mundo VUCA. Isto é, ele é encarado como um conjunto de hipóteses que devem ser sistematicamente testadas, diante da realidade incerta e mutável em que vivemos.
Ao todo, a qualificação em design de negócios contém 38 horas de conteúdo, que funcionam como uma jornada de formação para os profissionais. Para isso, o material é divido em 8 módulos:
- Design de negócios e os desafios do século XXI;
- Insight, proposta de valor e público-alvo;
- Tendências e conexões com negócios;
- Customer Discovery & Validation;
- Data driven business;
- Acelerando a inovação com frames ágeis;
- Growth strategies;
- O pitch perfeito.
A principal vantagem é contar com uma formação completa e conteúdo acessível mesmo para quem não tem conhecimento prévio. Por isso, o curso é indicado para líderes, gerentes de produto, profissionais, empreendedores e entusiastas da inovação.
O time de professores conta com facilitadores e especialistas convidados:
- Raoni Pereira (BDX Product Lead & Learning Experiences Designer);
- Ricardo Ruffo (CEO & Cofundador);
- Felipe D’Elia (Design Thinker);
- Luiz Bin (Design Thinker);
- Juliana Proserpio (Chief Design Officer & Fundadora da Echos);
- Ricardo Cappra (Pesquisador de Cultura Analítica e Cientista Chefe do Cappra Institute for Data Science);
- João D’Elia (Head de Inovação e Novos Negócios no Turbo | Ipiranga;
- Maressa Bessa (Business Design Business Development).
Alunos de grandes empresas, como Elo, Google, Honda e Itaú, já participaram do programa de treinamento. Logo, a qualificação é validada por profissionais de sucesso, que usam das competências adquiridas em algumas das melhores organizações do mercado.
Sendo assim, após dominar os conceitos de business design e tirar as dúvidas sobre a área, o curso da Echos reúne as ferramentas para que você e seus colaboradores contribuam mais decisivamente para o modelo de negócios da sua empresa.
Conheça agora mesmo o curso de Business Design Experience e entenda como é o processo de formação!