Entender a abordagem do Design Thinking como uma competência, é perceber que a sociedade contemporânea está em transição. A diferença das mudanças atuais com as de poucas décadas anteriores é, principalmente, a velocidade.
No momento em que a tecnologia deixou de ser apenas um objeto, para se tornar a propulsora da transformação, nos deparamos com inúmeras questões que nós e as próximas gerações, enfim, podemos resolver. Isso significa colocar a capacidade de empatia e a criatividade existentes em todos nós a serviço da humanidade, a partir de produtos e serviços coerentes com o novo mercado.
Este processo requer tirar os braços das funções operacionais e repetitivas, aplicando soluções como a inteligência artificial, a automação, o big data e a internet das coisas para tais tarefas. Com isso, é possível trazer as pessoas para o outro lado do processo: a parte em que é preciso usar a mente para formular soluções.
Quer deixar de ser mero espectador dessas transformações e passar a contribuir com essa mudança? Entenda finalmente por que o Design Thinking é o futuro!
Modus operandi ineficientes
Por mais aplicativos que baixemos, streamings que assinemos e ferramentas tecnológica que usemos, há uma proporção maior do sistema (governos, instituições e empresas) que ainda estão em modus operandi ineficientes para esse contexto. Muitos funcionários têm o único papel de consumidor de produtos tecnológicos e não entendem a forma como tais ferramentas foram desenvolvidas.
Se eles não compreendem a forma como foram desenvolvidas, tampouco entendem o impacto que elas geram, seja em termos de benefícios, de comportamento ou monetário, mesmo que faça parte do cotidiano deles. Portanto, é inevitável que haja uma adaptação e uma nova forma de pensar e é aí que o Design Thinking entra.
Mais que uma profissão, uma habilidade
Por ser embasada em valores como a colaboração, a empatia e a experimentação, a abordagem Design Thinking se mostra útil a todas as profissões.
Isso porque, além dos dilemas atuais (sustentabilidade, morosidade pública, urbanização, desigualdade, mobilidade), haverão outras questões a serem resolvidas, novas profissões e demandas as quais ainda não conhecemos.
Diante dessas duas realidades há algo inegável: são necessárias diversas iniciativas e conhecimentos para dar conta da complexidade e da multiplicidade de demandas que existem em cada uma delas.
Para tanto, será preciso reunir profissionais que, juntos (colaboração), consigam criar possibilidades que agreguem valor e resolvam cada uma das dores ou desejos identificados (empatia), o que requer o levantamento e teste de hipóteses (experimentação) até chegar ao produto ou serviço que entregue o resultado esperado.
Um novo olhar sobre tudo
O Design Thinking assume a falha como uma parte imprescindível de um projeto bem-sucedido. Não é possível aprender nada com abrangência até descobrir o que funciona ou não, até testar todas as hipóteses possíveis. Aí está o valor e a necessidade dessa ser uma das habilidades do futuro.
Tirar o olhar das pessoas, no individual, e desenvolver a interpretação do todo e a atuação colaborativa são os pontos mais desencadeadores de todo o valor do DT. Portanto, essa ideologia só se torna real a partir de pessoas que estão abertas a ouvir e aprender com afinco, para compartilhar suas próprias impressões, insights e interpretações.
Essa abordagem assume características multidisciplinares para atender a todas as expectativas e todas as possibilidades de uma única solução, para otimizar experiência e recursos. Assim, o Design Thinking entende o conhecimento como uma construção coletiva e não como uma propriedade.
Valor do DT no mercado
A lógica do Design Thinking é extremamente importante, pois como sociedade, é visível que não existem respostas prontas para os problemas existentes e, por isso, não conhecemos as novas profissões que estão para surgir. Não há algo definitivo ou preparado, o que faz com que as ferramentas sejam indispensáveis, a fim de auxiliarem o caminho para criar e adaptar soluções para cada contexto e cultura. Somado a isso, ao olhar para a evolução dos últimos 20 anos, a perspectiva adquirida é que a transição é contínua, orgânica e inevitável, tanto pelas novas formas de comunicação e consumo que assumimos no nosso cotidiano quanto pelas ideias que não vingaram.
O tempo entre a concorrência lançar algo novo, copiar a melhoria realizada ou superar a última grande novidade é cada vez menor. Por isso, os prazos das etapas estruturadas (entendimento, observação, ponto de vista, ideação, prototipagem, teste e iteração) contribuem para que o tempo seja ainda mais produtivo.
Durante todo esse processo, é inegável a necessidade de atualização por parte dos profissionais, mas tais conhecimentos precisam ser somados a outros, que vão além de ser multitarefas ou competente tecnicamente. É preciso ser agregador – e o Design Thinking realiza essa fusão!
Pratique as habilidades do futuro
O medo do futuro ser o apocalipse de tudo o que se conhece é exagero. Claro que são precisos esforços públicos e privados para desenvolver os conhecimentos e as habilidades para a sociedade, mas também é necessário pró-atividade.
Conhecer o que estar por vir é melhor que cair na alienação de fingir que nada irá mudar ou de que o melhor possível já foi feito. Tome o controle da sua carreira e se prepare para ser um profissional melhor!