Foi-se o tempo em que os games eram encarados como meras distrações, que não eram coisas sérias. Mesmo sem perceber, nas mais diversas atividades do dia a dia os jogos estarão presentes. No trabalho, é claro, não é diferente. Incorporamos conceitos e práticas do mundo dos games em vários momentos. O nome disso é gamificação e é dessa ideia que vamos conversar agora.

A ideia de gamificação não é nenhuma novidade no mercado, mas parece estar cada vez mais no dia a dia, na cultura e nas soluções das empresas que querem inovar. A fim de oferecer melhores experiências para o consumidor, contar melhores histórias e engajar clientes e todo tipo de público, a gamificação é utilizada por diversas empresas.

Mas como fazer isso? Como aplicar ideias vindas de jogos aos negócios e inovar no ambiente de trabalho?

O que é gamificação?

Gamificação, ou gamification, significa aplicar conceitos de jogos em um processo, uma prática ou um produto. Na prática, o que essa ideia promove é a melhoria da experiência, com resultados dinâmicos, criativos e que engajam.

O que é gamificaçãoO que é gamificação e sua relação com a forma como os games funcionam são bem fáceis de se entender. O que os games promovem é uma busca por objetivos alcançáveis através de um processo interativo, que desperta e estimula a criatividade e a curiosidade.

Pensando nisso, afirmamos que toda empresa pode aproveitar a gamificação. Seja para projetos e objetivos internos ou para novos produtos, para atrair clientes ou promover interação com o seu público, essa ideia pode trazer vantagens para qualquer negócio. E o melhor de tudo é que “gamificar” também pode auxiliar na implementação da inovação no seu negócio.

E para que serve o conceito de gamification nas empresas?

É possível usar a gamificação de diversas formas e para diversos objetivos. Ela pode ser utilizada em produtos, como apps, que incorporem elementos de jogos como badges, competições e metas estabelecidas que ofereçam recompensas. Também é possível gamificar o processo de engajamento de clientes, como no exemplo clássico dos programas de fidelidade e que recompensam consumidores ao comprar.

A Starbucks, por exemplo, é um dos varejistas reconhecidos como mais inovadores pelo mundo. A rede de cafés criou uma estratégia de gamificação em torno de recompensas com pontos e badges virtuais para quem visita suas lojas. Eles incentivam as pessoas a fazerem o check-in ao chegar em uma loja. A partir daí, quando realizam “missões”, como visitar cinco Starbucks diferentes, ganham pontos extras. Esses pontos não têm valor monetário, e as insígnias ganhas não têm nenhum retorno real, no entanto, é um incentivo divertido para as pessoas visitarem suas lojas e comprarem mais produtos.

Já a Bluewolf, consultoria do grupo IBM, tem um exemplo de gamification usada internamente. Seus líderes podem ser considerados inovadores ao implementar a gamificação no seu sistema de feedback com as equipes. Isso ajuda a organização a conseguir mais retorno dos funcionários, o que ajuda no treinamentos dos mesmos e no processo de revisão dos processos internos. No fim das contas, isso também afeta os resultados finais da empresa, já que quanto mais construtivo for o feedback, melhor a construção e melhoria da performance dos colaboradores. Para isso, a empresa também adota ideias de jogos mais básicos da gamificação, como sistemas de recompensa por engajamento dos funcionários e pequenas ações em tarefas do cotidiano da equipe.

Aprenda a inovar com gamificação no ambiente de trabalho

Inovar é propor melhorias e soluções de problemas para um público específico. É, basicamente, oferecer valor real para quem tem uma necessidade específica ou que ainda nem reconhece que tem. No ambiente de trabalho, a inovação pode acontecer de várias formas e a gamificação pode ser um fator importante para alcançar esse objetivo.

Gamificar e inovar são duas propostas que caminham juntas. Gamificação é sobre propor uma experiência melhor para alcançar objetivos, enquanto a inovação busca a geração de valor real e perceptível como resultado. Com criatividade, dinamismo e contando boas histórias, os dois conceitos são uma combinação perfeita para quem quer melhores resultados no ambiente de trabalho.

Mas como fazer isso?

De forma resumida, precisamos estabelecer que a gamificação é a implementação de elementos de games em processos, atividades, produtos e projetos. Isso não significa que as empresas precisam criar jogos a partir e para o trabalho, ou mesmo oferecer puramente a diversão no cotidiano do negócio. O que os líderes das empresas precisam promover, de fato, é a interação e o engajamento nas equipes, em torno das ideias típicas dos games.

Para aplicar o conceito na prática, muita coisa pode ser feita no ambiente de trabalho. E o melhor de tudo é que nem precisamos criar projetos ambiciosos para gamificar. Para inspirar o líder que quer inovar com gamificação, veja algumas dicas:

  • Sistemas de metas e objetivos que podem ser cumpridos e resultar em recompensas. Podem servir para estimular a colaboração da equipe, gerar feedbacks para os líderes e muito mais;
  • Ações em aniversários e datas especiais para a equipe, que podem ser transformados em eventos, em gincanas, concursos e qualquer tipo de ação que promova a interação e até a competição saudável entre o time;
  • Concursos culturais, promoções e sorteios, que podem ser voltados tanto para o público interno quanto externo. Pensando no ambiente de trabalho, essas ações podem ser voltadas para melhorar processos, fortalecer a cultura e os valores da empresa ou mesmo para dinamizar qualquer tarefa cotidiana;
  • Utilização de metodologias, processos e abordagens mais dinâmicas e inteligentes para a resolução de problemas no ambiente de trabalho. Um bom exemplo disso é a aplicação do design thinking pela empresa. Essa abordagem, que utiliza elementos do design para levantar, debater e construir soluções de questões relevantes do negócio, remonta o uso inteligente da criatividade e da empatia para facilitar o processo de inovação.

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Ricardo Ruffo

Ricardo Ruffo is a born entrepreneur, educator, speaker and explorer. As a writer by passion Ricardo daydreams on how the world is changing fast and how it could be.

Ruffo is the founder and global CEO of Echos, an independent innovation lab driven by design and its business units: School of Design Thinking, helping to shape the next generation of innovators in 3 countries, Echos – Innovation Projects and Echos – Ventures. As an entrepreneur, he has impacted more than 35.000 students worldwide and led innovation projects for Google, Abbott, Faber-Castell and many more.

Specialist in innovation and design thinking, with extensions in renowned schools like MIT and Berkeley in the United States. Also expert in Social Innovation at the School of Visual Arts and Design Thinking at HPI – dSchool, in Germany.

Naturally curious, love gets ideas flying off the paper. He always tries to see things from different angles to enact better futures. In his free time, spend exploring uninhabited places around the world surfing.