Imersos no mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo), proporcionar dinâmica e otimização do tempo passou a ter caráter de sobrevivência para as empresas, uma vez que é preciso trazer inovações constantemente.

Nesse contexto em que novidades são commodities é fundamental errar, aprender e solucionar o mais rápido quanto for possível. Isso ajuda que o fôlego seja retomado dentro do próprio processo de desenvolvimento de produtos ao invés de pagar o preço de uma possível surpresa entre aceitação e rejeição de mercado.

Assim, são necessárias abordagens que proporcionem espaço para que todas essas demandas de criação sejam atendidas, o que faz da soma entre design thinking (DT) e metodologia agile uma boa combinação.

Design Thiking

Caminho para a resolução criativa de problemas complexos, o DT coloca no centro da discussão e criação a perspectiva do consumidor.

Partindo daí, busca uma solução completa para o problema a ser atendido, a fim resolver a questão, ao mesmo tempo que proporciona uma experiência encantadora e que entregue valor para o cliente.

Para tanto, se vale de diferentes etapas, equipe de profissionais complementares e, principalmente, um ambiente de contribuição, construção até chegar na versão que corresponda às expectativas do público.

Dessa forma, é útil nos mais diferentes contextos, uma vez que onde há um problema há espaço suficiente para essa abordagem. A partir do design thinking é possível inovar pois ele provoca novas percepções e, assim, melhores soluções de mercado.

Metodologia Agile

metodologia agile

Propagada pelo setor de tecnologia de informação, como o próprio nome já entrega, as metodologias ágeis buscam a otimização do tempo e, na procura de concluir esse objetivo, a busca é por erros, pois, quanto mais cedo falhar, melhor. Quanto mais erros forem corrigidos, sinal de que mais próximos da versão de lançamento se está.

Como exemplo de metodologia agile está a Lean Startup em que processos enxutos são o caminho para encontrar modelos de negócios viáveis. Para tanto, os ciclos de criação são curtos e mesclam hipóteses e testes na busca por soluções de baixos custos e que sejam relevantes ao mercado.

Também há a Agile UX, mais direcionada para a experiência do usuário online (interfaces, funcionalidades e navegação), a partir de uma comunicação horizontal entre os profissionais envolvidos para que as informações circulem de maneira interativa, clara e sem burocracia.

Assim, a partir da metodologia ágil é possível encontrar caminhos para os negócios mesmo em meio ao turbilhão de acontecimentos e informações a que a economia moderna está submetida, fazendo com que as empresas mantenham relevância e sustentabilidade.

O melhor dos dois muitos

O pragmatismo na área de exatas somada a personalização da humanização dos processos, tem potencial para trazer benefícios aos processos de desenvolvimento e criação de solução dos negócios. Conheça quais abaixo.

Criar soluções encantadoras

Nos dois conceitos, ainda que haja profundo conhecimento técnico e aprofundada investigação da dor do consumidor e de seu perfil, parte-se do princípio em que não há respostas prontas, mas a serem construídas.

Esse pontapé é essencial, pois estabelece a colaboração, comunicação e troca entre todas as partes envolvidas e dá valor especial às experimentações, uma vez que é a partir delas que se consegue ter a reação genuína de potenciais clientes e, com isso, aprovar algumas características, excluir parte delas e melhorar todas as outras.

No final o que se tem é um produto sob medida que, de tão compatível com seu contexto de utilização, provoca experiências incríveis, encantamento e fidelização de seus clientes.

Desenvolve os profissionais

Como mencionado, a integração de profissionais distintos é o que torna possível desenvolver produtos completos, uma vez que dá abertura a diferentes olhares e contribuições.

Nesse processo, competências como escuta ativa, objetividade ao falar, empatia com o público, humildade e colaboração são necessárias para que haja um resultado satisfatório.

Assim, ao unir metodologia agile e design thinking, consegue-se trabalhar soft skills (habilidades comportamentais) que farão diferença em todos os níveis de relacionamento e impactarão positivamente nas entregas dos profissionais.

Otimiza a utilização de recursos

A busca eterna pela perfeição acaba e dá lugar à utilização racional dos recursos existentes, inclusive a criatividade. E antes que me entenda mal, não é que a criatividade será polida, mas direcionada em tema, abrangência e tempo.

Ela sempre será solicitada, pois melhorias contínuas são processos diários dentro da rotina da gestão de desempenho e de conversão de produtos. Mas, mesmo nesses casos, haverá as delimitações mencionadas.

É importante haver clareza de objetivo e entregar o melhor possível para o cliente. E possível dentro das mesmas premissas: tema, tempo, abrangência e, aqui vale ressaltar, orçamento para que a energia não seja perdida, a viabilidade do investimento seja sentida e os resultados e avanços possam ser traçados.

Dicas para aplicar

Conhecer mais sobre cada um dos conceitos e se capacitar para aplicá-lo é base para qualquer atuação. Assim são evitados erros no processo e se consegue o benefício de cada uma delas para o objetivo.

Comece com o DT

Compreender o consumidor e seu contexto é especialidade do design thinking e sua proposta de imersão. Assim, é ideal ser utilizado como start a fim de trazer a matéria-prima (informações, percepções e insights) para a construção da solução.

Valide com o Lean

Após conhecer o universo do cliente em potencial é hora de dar respostas aos problemas que ele enfrenta e testar as hipóteses de soluções geradas, a fim de entender qual melhor se adequa (ou quais atributos de cada uma devem ser combinados) para o produto final.

Refine com o Agile

Ao ter esse feedback, é extremamente importante que haja o entendimento sobre ele e que os profissionais se debrucem e colaborem entre si para que se consiga chegar a um produto final capaz de entregar valor e proporcionar experiência.

E, então, pronto para iniciar o processo de inovação com design thinking e metodologia agile? Baixe nosso e-book com ferramentas práticas de DT e comece a mudança!

Ricardo Ruffo

Ricardo Ruffo is a born entrepreneur, educator, speaker and explorer. As a writer by passion Ricardo daydreams on how the world is changing fast and how it could be.

Ruffo is the founder and global CEO of Echos, an independent innovation lab driven by design and its business units: School of Design Thinking, helping to shape the next generation of innovators in 3 countries, Echos – Innovation Projects and Echos – Ventures. As an entrepreneur, he has impacted more than 35.000 students worldwide and led innovation projects for Google, Abbott, Faber-Castell and many more.

Specialist in innovation and design thinking, with extensions in renowned schools like MIT and Berkeley in the United States. Also expert in Social Innovation at the School of Visual Arts and Design Thinking at HPI – dSchool, in Germany.

Naturally curious, love gets ideas flying off the paper. He always tries to see things from different angles to enact better futures. In his free time, spend exploring uninhabited places around the world surfing.