A inovação é um conceito facilmente atribuído a produtos tecnológicos e às empresas e pessoas que os desenvolvem. A prática de inovar, mesmo que passe frequentemente pela tecnologia, é muito mais que isso.
Inovação é algo que entrega valor real e perceptível para as pessoas. Um produto pode ser inovador, assim como um projeto, uma ideia, uma pessoa e uma empresa. Mais ainda, uma cidade inteira pode ser inovadora.
A ideia de cidades inteligentes é um conceito que está se espalhando pelo mundo e resultando em aumento na qualidade de vida para milhões de pessoas. Além disso, essa proposta consegue inovar de forma sustentável. Descubra com a gente o que são cidades inteligentes e se inspire com a forma como elas unem inovação e sustentabilidade.
Como inovação e sustentabilidade caminham juntas
A sustentabilidade está fortemente ligada a práticas responsáveis de gestão, produção e consumo de recursos, principalmente pensando a longo prazo no impacto ambiental e social.
O foco da sustentabilidade é, então, o de promover mudanças que resultem em impacto positivo na esfera social e ambiental, de forma conjunta. Com essa função de gerar valor é que a sustentabilidade começa a caminhar lado a lado com a inovação.
Inovar significa resolver situações novas ou já existentes com soluções de valor. É transformar a realidade para que pessoas, organizações e a sociedade possam perceber mudanças para melhor. Nada mais justo, portanto, que esse conceito seja associado à ideia de transformação sustentável na prática. Pensar em sustentabilidade é pensar em novas percepções, transformações positivas e na projeção de uma sociedade que percebe o valor dessas ações. Para quem tem a necessidade e a vontade de inovar, esse deve ser um objetivo claro e definido a se buscar.
No caso das cidades, a vontade de inovar e a preocupação com a sustentabilidade podem coexistir. É assim que se torna possível pensar e desenvolver cidades que comportem sua população e funcionem de forma a oferecer experiências urbanas saudáveis a ela.
O que são cidades inteligentes?
O que faz com que uma pessoa seja considerada inteligente? Podemos responder que boas ideias, uma formação sólida, criatividade e senso crítico são características que formam a inteligência de alguém. No caso das cidades, a inteligência é uma ideia que será atribuída a algumas outras características. Além disso, as cidades inteligentes precisam provar mais um ponto importante: precisam usar sua inteligência para seus habitantes.
Pelo mundo, então, as cidades inteligentes podem ser aquelas com projetos e ideias ambiciosas, mas que conseguem gerar valor para seus moradores. Elas são conhecidas por fornecer experiências incríveis e inovar na forma como seus moradores e turistas vivem e interagem com a cidade.
Com o uso de tecnologia e sempre apostando em ideais de sustentabilidade, além de não se esquecer do desenvolvimento e da economia, algumas cidades são bons destaques:
Copenhague, Dinamarca
Copenhague, a capital da Dinamarca, foi uma das pioneiras no conceito de cidades inteligentes a tentar transformar a experiência de quem vive ou transita por lá.
Um bom exemplo disso é o ambicioso Plano 2025, que visa extinguir o uso de carbono para até o ano 2025. Em implantação atualmente, a ideia é que a cidade deixe de emitir até 400 mil toneladas do gás até o ano de 2025.
Além da iniciativa sustentável, a inovação em Copenhague já pode ser sentida na experiência urbana, principalmente em ações de trânsito e mobilidade. Já está em uso na cidade uma rede sem fio de iluminação LED inovadora, que cumpre objetivos diversos no cotidiano dos moradores e turistas. O projeto aumenta a segurança dos ciclistas das ruas da cidade, sinalizando suas rotas em ciclovias e ajudando-os a fugir do trânsito e seus riscos. Além disso, as luzes de LED ajudam a reduzir energia e facilitam a vida de motoristas, avisando-os através do smartphone sobre sinais fechados e as melhores rotas para se transitar.
Melbourn, Austrália
A cidade australiana de Melbourne está promovendo a inovação por meio do seu programa de construções sustentáveis 1200 Buildings. A ideia do projeto é fornecer retrofits de energia e água em edifícios através de gerentes e proprietários de financiamento, estimulando o desenvolvimento ao mesmo tempo que promove sustentabilidade.
Nos últimos anos, a cidade também lançou o programa nacional Smart Blocks, que incentiva e ajuda proprietários de apartamentos a economizar dinheiro, otimizando especialmente o uso de energia elétrica, visando a economia de até 30% na geração de eletricidade na cidade.
Singapura
A cidade-estado de Singapura, no sudeste asiático, é mais uma das referências em tecnologia da região. Assim como Tóqui e Hong Kong, por exemplo, não é difícil encontrar provas de que a cidade se mostra inteligente e inovadora.
Ao contrário das outras grandes cidades asiáticas, porém, a capital da ilha de Singapura conseguiu otimizar com inovação o grande problema urbano do trânsito e dos intermináveis engarramentos comuns por ali. Singapura conta, atualmente, com diversas iniciativas para resolver a questão, que vão desde sistemas inteligentes de geolocalização, inclusive nos táxis da cidade, até pedágios eletrônicos eletrônicos ultra-rápidos, que fazem fluir melhor o fluxo de veículos e pedestres.
Belo Horizonte, Brasil
A capital mineira é uma das maiores cidades brasileiras e vem se destacando nos últimos anos como uma das cidades inteligentes. Como referência em saneamento, coleta de lixo responsável e práticas sustentáveis, BH tem desenvolvido uma série de projetos que priorizam a inovação e ainda conseguem promover sustentabilidade.
Um bom exemplo de sustentabilidade na capital dos mineiros é o estádio Mineirão, que se tornou referência mundial na geração de energia sustentável. O Mineirão foi primeiro estádio de futebol no Brasil a ter uma usina de energia solar na sua cobertura, que há 5 anos gera energia com capacidade de produção suficiente para atender o consumo médio de 1.200 residências. Além da iniciativa, a cidade também conta com o 4º PIB do país, reúne mais de 300 startups e um dos maiores parques tecnológicos do Brasil.
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