O Design Thinking é uma abordagem focada no ser humano, que busca desenvolver a inovação. Ele proporciona o avanço de soluções para obstáculos complexos, sendo executado em 7 fases essenciais para gerar valor.
A primeira fase, em que nasce o projeto do Design Thinking, é a fase de entendimento de um problema. A partir disso, é hora de observar, pesquisar, levantar dados e informações. Essa fase de aprendizado envolve também a troca de ideias e o compartilhamento de conhecimento, momento em que se forma o ponto de vista acerca do problema.
Na sequência, o Design Thinking parte para a geração de ideias, ou seja, de propostas de valor que serão prototipadas e testadas em busca das melhores soluções. Por fim? O ciclo não necessariamente se fecha: ele segue para a evolução contínua na fase de iteração.
Como essas 7 fases do Design Thinking percorrem um caminho que lembra a trajetória de um ser humano? Continue lendo e descubra como cada uma dessas fases se relaciona com uma etapa da vida de uma pessoa!
O duplo diamante
No diagrama abaixo, temos o que chamamos de duplo diamante. Nele, é possível entender o caminho da aplicação do Design Thinking. Com esse esquema em mente, vamos conversar sobre como o método se parece com a jornada do próprio ser humano, desde o seu nascimento até o momento de amadurecimento.
Fases do Design Thinking x Fases da vida: qual é a relação afinal?
Entendimento – primeiros passos
Tudo na vida começa com um desafio, o famoso “como podemos… ?”. Na fase de entendimento, conforme os fundamentos do Design Thinking, você mergulha de cabeça em um tema que, nem sempre, é de seu domínio. Esse tema pode ser relacionado a diversas áreas e objetivos, desde aumentar as vendas de uma empresa até melhorar a qualidade de vida de um paciente com uma determinada doença.
O momento de descoberta pode ser comparado com um bebê recém-nascido. Ele é como uma folha em branco, sem crenças, convicções e julgamentos próprios.
Para ele, tudo é novidade e, apesar de sentir medo do desconhecido, sua curiosidade por coisas e “não coisas” fala mais alto. O resultado disso é a descoberta de um mundo novo, cheio de possibilidades a serem exploradas.
Observação – mas por quê?
Contar histórias, cantar, falar com as bonecas, dar ordens e interpretar visões diferentes do mundo é o modo como as crianças vão descobrir tudo à sua volta. Basicamente, essa é a sua forma de questionar, observar e descobrir os porquês das coisas.
Na fase de observação, é o momento de questionar e explorar. A pesquisa no Design Thinking é importante para gerar conhecimento profundo sobre o desafio que vem sendo estudado.
Entender as reais necessidades das pessoas e como elas se relacionam com o ecossistema permite o olhar empático sobre ele. Entrevistamos as pessoas, observamos os cenários e participamos da experiência para sentir na pele o que elas fazem.
Ponto de Vista – hora da tomada de decisão
Certamente, a etapa de Ponto de Vista é uma das mais desafiadoras do projeto. Após obter um grande volume de informações e insights, chega o momento de redefinir o desafio inicial. Agora é a hora de estruturar a dificuldade causada e estabelecer o futuro do projeto.
Qualquer semelhança com nosso amadurecimento para a adolescência não é mera coincidência, pois é assim que acontece com um adolescente escolhendo a profissão. As emoções estão a flor da pele!
Um adolescente, mirando a vida adulta, precisa escolher sua carreira e o caminho que irá percorrer. Ele busca por pistas, reflete sobre sua jornada no período escolar e trocaria qualquer coisa por uma espiada no futuro para saber se a decisão tomada é a correta.
Qual caminho seguir?
Para especialistas, questionar-se é melhor forma de responder a essa questão. No design thinking, nós questionamos os novos insights gerados e redefinimos a rota do projeto. Assim como um adolescente nessa fase da vida, é normal a equipe sentir angústia, medo e estresse pela indecisão.
Ideação – um mundo de possibilidades
Chegou a vez e o momento do universitário, ou o momento em que as ideologias/conceitos afloram. Essa é a fase da vida em que as ideias surgem, as vontades de fazer o novo emergem, novos conceitos são introjetados e a vontade de agir e fazer algo com aquilo é grande.
Seja em qual área for, a vontade de transformação está a 1000! É tanta ideia na cabeça, que fica difícil escolher qual é a melhor. Mas quem disse que existe apenas uma melhor?
No Design Thinking, esse é momento de quantidade, de encorajar as “ideias doidas”, de juntar suas ideias com as ideias alheias, formando algo maior que as partes. Quando esse turbilhão de pensamentos acontece em um grupo variado, a qualidade das ideias tende a aumentar significativamente.
Mas chega um momento em que é preciso convergir. As ideias precisam ser analisadas e selecionadas, pois a reta final se aproxima, o tempo começa a diminuir e a decisão precisa acontecer.
Prototipagem – rápido, sujo e barato
Agora entra em cena o “espírito do estagiário”. Esse profissional, tão no início da carreira, optou por um caminho inicial e está tentando construir algo – uma carreira, um nome, uma reputação.
Mas esse algo não se constrói perfeitamente da noite para o dia. Primeiro, é preciso criar algo rápido, mostrar sua capacidade por meio das coisas que realiza no dia a dia (por mais simples que seja), conseguir resolver problemas, sugerir coisas, interagir com as pessoas e mostrar aonde se quer chegar.
Assim é a prototipagem no Design Thinking. Devemos criar algo rápido, ainda que imperfeito, pois o objetivo é mostrar a intenção daquilo, em vez da perfeição. É criar algo que mostre a capacidade e potencial do que está sendo oferecido/criado, construir algo para causar uma sensação em alguém, mesmo antes da solução final existir.
Teste – falhar rápido para aprender rápido
O empreendedor: criou algo novo, agora tem autonomia e vai empreender. Networking é importante para validar o seu negócio.
Os feedbacks vão dizendo se o seu negócio é legal ou não para as pessoas e o ecossistema. Seu sucesso depende dos olhos alheios e, por isso, ele tenta, erra, recebe feedback, tenta novamente, erra outra vez…mas principalmente, vai melhorando o que está fazendo.
Erra várias vezes, mas somente erros novos. Assim sua experiência vai crescendo e, com isso, seu negócio vai se tornando referência, pois não desiste de sua caminhada.
Fail faster to succeed sooner
Encara o erro como uma forma de evolução e não de derrota e sabe que é importante não fazer sozinho. “Fail faster to succeed sooner” é o espírito do teste em Design Thinking, ou seja, tentar e mostrar sua ideia rápido, para errar logo e acertar mais cedo.
Iteração – e agora?
A evolução do processo de Design Thinking – e da vida – continua: a iteração é o momento de parar pra pensar na vida. Devo fazer coaching? Devo fazer um MBA? Devo comprar uma casa maior ou fazer uma viagem? Ter mais filhos? Divórcio? Mudar para a casa da praia? Esse é o momento em que se analisa os feedbacks que a vida dá, para saber que rota traçar.
No Design Thinking, esse é o momento da evolução contínua. Agora com a ideia em prática, é hora de melhorá-la ainda mais, elevar a barra, criar expectativas novas, ver novas possibilidades e novos modos de atuação para que o produto/serviço vá evoluindo ao longo de sua existência.
Qualquer que seja o objetivo da aplicação do Design Thinking, prepare-se para, nesta etapa, repensar escolhas, ações e decisões. Você pode usar o Design Thinking para desenvolver um novo produto, melhorar um serviço oferecido ou otimizar um processo interno da sua organização.
Assim como na vida, pode ser que, no meio do caminho, apareçam desafios que nos levam a voltar em algumas fases. Ideação, pesquisa, entendimento, prototipagem…não importa. As iterações sinalizarão para onde voltar e, é claro, se deve voltar ou não.
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