Em busca de diferenciação, as empresas têm usado novos recursos para se comunicar e interagir com os clientes. Dentre as possibilidades, a realidade virtual e a aumentada surgem como excelentes escolhas para criar experiências únicas.

Os setores de realidade aumentada e virtual movimentaram 6 bilhões de dólares em 2016. Para 2022, a expectativa é que o montante seja de 209 bilhões de dólares. Esse intenso crescimento se relaciona à popularidade de tais elementos e, também, ao uso elevado dos dispositivos móveis.

Como esses recursos mudam a forma de interação com os públicos, muitas empresas têm buscado a inovação no uso das ferramentas. Para entender como isso tem acontecido, descubra como tem sido o uso inovador da realidade virtual e aumentada nos serviços.

O mercado imobiliário

O ramo imobiliário é considerado bastante tradicional dentro da economia. Por se tratar de um processo complexo de compra e venda, o cliente passa por uma longa etapa de tomada de decisão.

Durante muito tempo, a tecnologia ficou de fora do ramo, mas as empresas têm investido cada vez mais em realidade aumentada e virtual. O motivo é simples: a economia de custos associada a uma experiência positiva.

Construtoras e incorporadoras que oferecem imóveis na planta são grandes favorecidos. Em vez de montar uma unidade modelo, o que exige um projeto de arquitetura e a aquisição de objetos, é possível criar uma representação com a realidade virtual.

Os clientes podem usar os óculos mesmo no stand da companhia e decidir se querem fazer a compra. Para completar, há uma redução no tempo exigido para fechar a venda, já que os deslocamentos deixam de ser necessários.

Um aplicativo de realidade aumentada também pode ser usado. Conforme o cliente anda pelo espaço, a solução apresenta, na própria tela, uma sugestão de decoração. Os recursos são tão interessantes que, até 2020, é esperado que a VR gere 750 milhões de dólares de receita para o segmento.

O setor de saúde

Outro setor que tem se beneficiado do uso de realidade aumentada e virtual é o de saúde. Com soluções inovadoras, é possível melhorar o cuidado com os pacientes e criar alternativas a diversos problemas.

Uma das possibilidades de uso é na psicologia. Por meio da simulação de cenários específicos, é possível lidar com traumas e fobias. Tudo é acompanhado por um psicólogo, de modo a gerar a dessensibilização sobre determinada situação.

Para pessoas com dores crônicas, a terapia virtual pode reduzir as dores em até 25%, especialmente entre quem está hospitalizado. Até pacientes com autismo podem ser auxiliados pela tecnologia. Com a criação de cenários, é mais fácil obter a interação e garantir o desenvolvimento.

Como as possibilidades são infinitas, há cada vez mais soluções que unem o setor à tecnologia. Até 2025, os recursos prometem valer 1,5 bilhão de dólares.

A área de educação

O ramo de educação tem se destacado no investimento em realidade aumentada e virtual. Por meio da criação de experiências imersivas, é possível melhorar a participação dos alunos e até reforçar a consolidação do conhecimento.

Com as soluções de VR, os estudantes podem embarcar em jornadas históricas ou até acompanhar uma cirurgia com bastante precisão.

A realidade aumentada também permite que os estudantes apontem os celulares para uma parte do corpo e saibam quais são os órgãos presentes, por exemplo. Ainda é possível fazer um estudo de estruturas biológicas, botânicas e assim por diante.

Mesmo crianças pequenas se beneficiam desse uso. Nos primeiros passos da alfabetização, a VR gera maior integração e melhora a percepção de letras e fonemas.

Os eventos esportivos e culturais

Os eventos culturais e esportivos envolvem o patrocínio de diversas empresas que desejam se conectar com seu público. Para melhorar ainda mais a experiência, é possível criar cenários com realidade aumentada e virtual.

Para as Olimpíadas de Inverno 2018, o canal NBC realizou transmissões que envolveram VR. Assim, os espectadores puderam acompanhar as modalidades esportivas de um jeito imersivo.

Outro exemplo é a parceria entre Dubai WTC e Samsung. Juntos, os empreendimentos criaram a maior experiência de VR em um teatro, com uma abordagem diferenciada para os seus espectadores.

Para completar, também é possível assistir a diversos eventos ao vivo com imersão sem nem sair de casa. O aplicativo Oculus Venues permite que as pessoas assistam a eventos de um jeito único.

Ainda há alternativas específicas, como os simuladores de VR em feiras de jogos e até em festivais musicais. Assim, é possível integrar tecnologia e realizações de diversos tipos em busca de diferenciação.

O varejo com realidade virtual

O varejo é outro grande beneficiado pelas soluções inovadoras de realidade aumentada e virtual. A experiência de compras é favorecida e esse é um jeito de gerar destaque em relação à concorrência.

A Amazon lançou, recentemente, o AR View, um aplicativo que utiliza a realidade aumentada. Por meio dele, é mais fácil descobrir como certos produtos, como móveis, ficam no ambiente.

Já o eBay lançou, em 2016, a primeira loja de departamento com VR. Em parceria com a marca australiana Myer, a ação envolveu a criação de um aplicativo para compras com 8.000 produtos e apresentação 3D dos itens. Assim, há uma melhoria no aproveitamento do comportamento de compra.

Enquanto isso, a Sephora desenvolveu um aplicativo em que as pessoas podem fazer testes de maquiagem com os itens da marca. É fácil saber, em tempo real, como um batom ficará em cada pessoa, por exemplo.

Todas essas ações têm a ver com o omnichannel, em que há a integração dos vários pontos de contato do consumidor. Além de tudo, é uma forma de permitir que os clientes tomem decisões mais informadas e até testem alguns produtos antes da compra.

A realidade virtual e aumentada já fazem parte da vida dos consumidores. Graças à popularidade desses elementos, negócios em vários segmentos têm utilizado soluções inovadoras em seus serviços. Ao conhecer essas possibilidades, você pode aproveitar esses recursos para obter um desempenho melhor!

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Ricardo Ruffo

Ricardo Ruffo is a born entrepreneur, educator, speaker and explorer. As a writer by passion Ricardo daydreams on how the world is changing fast and how it could be.

Ruffo is the founder and global CEO of Echos, an independent innovation lab driven by design and its business units: School of Design Thinking, helping to shape the next generation of innovators in 3 countries, Echos – Innovation Projects and Echos – Ventures. As an entrepreneur, he has impacted more than 35.000 students worldwide and led innovation projects for Google, Abbott, Faber-Castell and many more.

Specialist in innovation and design thinking, with extensions in renowned schools like MIT and Berkeley in the United States. Also expert in Social Innovation at the School of Visual Arts and Design Thinking at HPI – dSchool, in Germany.

Naturally curious, love gets ideas flying off the paper. He always tries to see things from different angles to enact better futures. In his free time, spend exploring uninhabited places around the world surfing.