Paradigmas existem para serem quebrados e a sociedade atual encara essa realidade diariamente: a forma como nos relacionamos uns com os outros, como pesquisamos e compramos produtos, como encaramos e lidamos com a política. Esses são só alguns exemplos de paradigmas que sofreram disrupções recentes, a partir da tecnologia, da inovação e da mudança dos tempos. Nesse cenário, pensando na economia e nos negócios, é que surgem novos termos e propostas, como o empreendedorismo social e a inovação social.

Quer entender melhor o contexto da economia que possibilitou conceitos como o de inovação e empreendedorismo social? Então este artigo é para você. A seguir, desvende o significado dos dois termos, conheça cases de empreendedorismo social e veja como a inovação acontece!

As mudanças propostas pela economia moderna

A economia é uma ciência social que se propõe a estudar e a analisar a produção, a gestão, a distribuição e o consumo de bens, de serviços e de capital. Como em qualquer área do conhecimento, a economia também passa pelas pessoas e é transformada por elas.

Na época em que vivemos, a economia sofre mudanças e desdobramentos que influenciam, principalmente, as gerações mais novas. Assim, é possível a difusão de ideias, como a de economia solidária, que vem conquistando adeptos em pessoas e empresas que desejam um impacto social positivo na sociedade.

Para se ter uma ideia, analisaremos o que buscam, no mercado de trabalho, os millennials, geração composta por jovens de até 29 anos. Um estudo da PwC mostra que esses jovens, que em breve se tornarão a maioria nas empresas, valorizam nos empregos e organizações o impacto social. De acordo com o estudo, 88% dos millennials buscam empregos em organizações que prezam por valores de responsabilidade social com os quais se identificam.

Empresas socialmente responsáveis

Em outra fonte, um relatório da Cone Communications aponta que 3 em cada 4 jovens aceitariam salários menores, desde que pagos por empresas socialmente responsáveis. Esses dados são refletidos pela ideia de economia solidária e do fator social no centro das relações de trabalho, entre empresas e pessoas.

Chega de ganhar dinheiro por ganhar, a economia solidária veio para mudar a forma como pensamos, produzimos, consumimos e distribuímos, propondo um modelo sustentável, responsável e que cause impacto positivo na sociedade. Por consequência, sob a ótica da economia solidária é que surgem dois conceitos importantes para entendermos e vivermos a economia atual: o empreendedorismo social e a inovação social.

Inovação social e empreendedorismo social: qual é a relação?

Se a economia está sendo pensada de forma solidária, auto-gerenciável e focada em impacto positivo, é natural que essas ideias se reflitam nas suas práticas. O empreendedorismo social é, tanto um movimento quanto um modelo de negócio, adotado por empresas modernas.

Trata-se de uma forma de desenvolver e administrar que oferece produtos e serviços com a preocupação voltada para problemas sociais. Empresas e pessoas que adotam o empreendedorismo social não deixam de lucrar ou de fazer seus negócios crescerem. A diferença desse tipo de organização e de profissional está no caminho escolhido para o sucesso no mercado. Dentro do contexto de empreendedorismo social é que está a ideia de inovação e esse conceito é definido pela proposta de melhoria concreta, assimilada às mais diversas situações, produtos e serviços.

Inovação para resolver questões da sociedade

A diferença básica da relação entre empreendedorismo social e inovação social é que a inovação é uma promoção de pessoas e organizações que praticam empreendedorismo social. Quando falamos de inovação social, estamos falando de aplicar essa ideia para resolver questões da sociedade. Nesse caso, o valor da inovação é entregue na forma de melhorias para a comunidade, a sociedade e o mundo!

Como funcionam empreendedorismo social e inovação social na prática

Já que conceituamos o empreendedorismo social e a inovação social, mostraremos o caminho para quem se interessa pelas duas ideias. Quem pretende se engajar no empreendedorismo social precisa ter um propósito. Por isso, o primeiro passo, além da vontade de empreender, é encontrar o problema que te move.

O que falta na sociedade e quais são as dores que seu negócio pretende resolver? O negócio que vai existir na lógica do empreendedorismo social precisa ter um projeto bem planejado e conhecer o seu público. A abordagem de Design Thinking pode ajudar nesse aspecto.

O Design Thinking é uma forma de resolver problemas e propor melhorias partindo de pessoas. Enquanto ferramenta de produção da inovação, o Design Thinking trabalha fortemente com a empatia – um componente importante da transformação que visa melhorias para a sociedade.

Empresas que lucram pensando em pautas sociais

O caminho para gerar mudança de verdade por meio do empreendedorismo social deve passar pela ideia de inovação social, que é o que vai tirar do papel as ideias e propor as soluções para o problema que seu negócio se dispôs a resolver. Alguns cases de inovação social já mostram o sucesso desse tipo de iniciativa.

Empresas que lucram sem deixar de pensar em pautas sociais já existem e suas ideias podem inspirar. Um caso desses é o da brasileira Geo Energética, que vende produtos desenvolvidos a partir do aproveitamento dos resíduos da agroindústria. A empresa consegue dispor no mercado uma série de soluções, que vão desde adubos até energia elétrica e a vapor 100% renovável.

Outro bom exemplo é a startup mineira Risü. A empresa funciona como um site que agrega uma série das maiores lojas online do Brasil e transforma descontos em doações para ONGs diversas. Por meio das parcerias da Risü, consumidores têm acesso a preços especiais nos principais e-commerces e parte do valor da sua compra se transforma em doação.

É possível entregar valor para a sociedade

Iniciativas como a Geno Energética e a Risü provam que é possível entregar valor para diversas esferas da sociedade, sem deixar de percorrer um caminho economicamente viável e lucrativo. Para quem empreende ou pensa em empreender, fica a possibilidade de fazer a diferença.

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Ricardo Ruffo

Ricardo Ruffo is a born entrepreneur, educator, speaker and explorer. As a writer by passion Ricardo daydreams on how the world is changing fast and how it could be.

Ruffo is the founder and global CEO of Echos, an independent innovation lab driven by design and its business units: School of Design Thinking, helping to shape the next generation of innovators in 3 countries, Echos – Innovation Projects and Echos – Ventures. As an entrepreneur, he has impacted more than 35.000 students worldwide and led innovation projects for Google, Abbott, Faber-Castell and many more.

Specialist in innovation and design thinking, with extensions in renowned schools like MIT and Berkeley in the United States. Also expert in Social Innovation at the School of Visual Arts and Design Thinking at HPI – dSchool, in Germany.

Naturally curious, love gets ideas flying off the paper. He always tries to see things from different angles to enact better futures. In his free time, spend exploring uninhabited places around the world surfing.