“Inove ou fique para trás!” Essa frase tem martelado na cabeça de vários profissionais. Apesar das organizações cada vez buscarem serem mais inovadoras, ainda circula a ideia de que inovação é sinônimo de alta tecnologia e relacionadas ao futuro, não ao presente. Para desmitificar esse pensamento, listamos os 4 motivos pelos quais você deve começar a inovar agora.

1. A única certeza que temos é de que o mundo está mudando – e rápido!

O século 21 é marcado por mudanças de contexto e de estrutura profundas que estão provocando o surgimento de novos paradigmas dentro das organizações. Com a intensificação do processo de globalização, cada vez mais bens, serviços, empresas, pessoas, habilidades e ideias cruzam livremente as fronteiras geográficas.

Ao mesmo tempo, nessa passagem de século, a tecnologia, simbolizada pela internet, foi também responsável por transformações disruptivas. Além disso, do ponto de vista de tomada de decisões estratégicas, as organizações precisam lidar com as mudanças profundas relacionadas ao macroambiente. Na contemporaneidade, há uma mudança forte dos valores sociais; a tecnologia está rompendo com os padrões de consumo e interação; no ambiente atual, a concorrência vai além das fronteiras do setor, todos competem com todos; problemas ambientais e sociais estão se tornando cada vez mais complexos; e estamos presenciando mudanças políticas e de representatividade.

É nesse contexto que as organizações e as pessoas estão cada vez mais percebendo que a inovação é o caminho para lidar com esse novo contexto mundial volátil, incerto, ambíguo e, principalmente, complexo. Para isso, o Design Thinking se mostra como um caminho importante e assertivo, pois permite que os desafios sejam abordados pela ótica de quem mais importa: de quem é impactado pelo problema.

2. Os problemas que teremos que resolver estão cada vez mais complexos e a velha mentalidade não irá nos permitir solucioná-los.

Seremos demandados a solucionar os problemas mais desafiadores já criados e enfrentados pelo ser humano. Será preciso dominar novos modelos mentais a fim de conseguir enxergar as ferramentas necessárias e capazes de endereçar desafios complexos como energia renovável, fome mundial, mudanças climáticas e, até mesmo, como projetar um mundo melhor. A escala e a complexidade dos nossos problemas está mudando, assim também deveria acontecer nossa maneira de pensar e agir.

Também precisaremos ter compaixão por essa população cada vez maior e mais diversa, criando um mundo inclusivo, ao invés de excludente, como ainda presenciamos hoje.

Nesse cenário, o pensamento linear, não sistêmico e não focado nas necessidades das pessoas não nos ajudará a encontrar soluções inovadoras e que de fato resolvam esses problemas. Se quisermos achar novas respostas, será preciso inovar inclusive nossa forma de pensar. Nesse sentido, o pensamento do design se torna cada vez mais necessário dentro das organizações e até em nossa vida pessoal.

3. Mesmo que você não se ache criativo, você é criativo e capaz de inovar. Mas é preciso estimular o pensamento.

Apesar de ser uma característica importante, a criatividade ainda é vista como um dom e necessária a algumas profissões somente. Um artista, um publicitário ou um cineasta sem criatividade é um profissional sem emprego. Mas, muito provavelmente, não consideraríamos uma falha um engenheiro ou cientista que não se considere criativo.

Isso porque vivemos num mundo no qual a educação formal valoriza bastante o pensamento analítico, a racionalidade. Assim, somos criados a analisar o que aconteceu no passado e a chegarmos em conclusões, pontos finais. Pouco exploramos nossa intuição e habilidade de abstrair, criando novos caminhos e novas soluções. Nosso modelo mental ainda se restringe a tentar achar uma resposta exata às nossas perguntas.

Contudo, enfrentamos um paradigma porque, por outro lado, o mundo atual exige cada vez mais das empresas e dos profissionais – independentemente da área de atuação – a habilidade de gerar ideias, criar produtos e serviços inovadores. Pensar “fora da caixa” e ser inovador têm se tornado, assim, as grandes demandas do mercado. E para atendê-la é preciso pessoas criativas. Mas é possível ensinar e aprender criatividade? Nós acreditamos que sim! Nesse post damos algumas dicas de como você pode, com simples atitudes, exercitar a sua!

4. Ao começar a testar antes de implementar mudanças você vai ter sucesso mais cedo!

Ideias são somente pensamentos se não forem executadas. Conseguir oferecer uma solução que gere valor para as pessoas é o maior desafio porque somente quando materializamos nossas ideias é que descobrimos se elas realmente fazem sentido, se de fato atendem a uma necessidade e se as pessoas realmente usariam.

Por isso, ao lado de toda ideia é preciso haver um protótipo, isto é, uma representação física do que está se propondo. Exatamente porque é a partir do protótipo que o(s) autor(es) e as pessoas conseguem interagir com a ideia e construir em cima, para que, ao final, uma ideia se torne uma solução efetiva para um problema.

Assim, sempre que tiver uma ideia, prototipe-a. Crie algo tangível. O ato de prototipar nos ajuda a refletir sobre o que estamos pensando.

Provavelmente, só o fato de tangibilizar já surgirão pontos que parecem ser positivos, negativos, que estão confusos ou que abrem para novas possibilidades. Depois, evolua e leve o seu protótipo para compartilhar com outras pessoas. Veja o que a sua ideia causa nos outros e como os demais interagem com ela. Novamente surgirão pontos positivos, negativos, de dúvidas e novas oportunidades.

Tornando o ato de prototipar um processo, com certeza você e a sua equipe irão desenvolver uma nova habilidade de execução. Consequentemente, soluções realmente inovadoras são construídas de maneira muito mais ágil e a um custo muito mais baixo. Nesse post trazemos para você algumas formas para você prototipar agora.

Esperamos que com esses 4 motivos você fique motivado a começar a inovar agora! E se você está em dúvida por onde começar, te sugiro começar a aprender mais sobre Design Thinking e aprofundar seus conhecimentos nessa abordagem, afinal o  pensamento do design é a base da inovação focada nas pessoas. Para isso, o primeiro passo que te sugiro, é baixar o nosso toolkit gratuito: Design Thinking na prática. Além de se aprofundar na abordagem, você também vai conhecer ferramentas que poderão te ajudar a inovar na prática! Espero que goste!


 

Ricardo Ruffo

Ricardo Ruffo is a born entrepreneur, educator, speaker and explorer. As a writer by passion Ricardo daydreams on how the world is changing fast and how it could be.

Ruffo is the founder and global CEO of Echos, an independent innovation lab driven by design and its business units: School of Design Thinking, helping to shape the next generation of innovators in 3 countries, Echos – Innovation Projects and Echos – Ventures. As an entrepreneur, he has impacted more than 35.000 students worldwide and led innovation projects for Google, Abbott, Faber-Castell and many more.

Specialist in innovation and design thinking, with extensions in renowned schools like MIT and Berkeley in the United States. Also expert in Social Innovation at the School of Visual Arts and Design Thinking at HPI – dSchool, in Germany.

Naturally curious, love gets ideas flying off the paper. He always tries to see things from different angles to enact better futures. In his free time, spend exploring uninhabited places around the world surfing.