O Social Good Brasil (SGB) é uma organização fundada em 2011 pelo IVA – Instituto de Voluntários em Ação em conjunto com o ICOM – Instituto Comunitário Grande Florianópolis e lideram no Brasil o +SocialGood, movimento que reúne um grupo de organizações como Fundação das Nações Unidas, PNUD, Fundação Bill&Melinda Gates, Mashable, entre outras.
Possuem como propósito conectar, inspirar e apoiar indivíduos e organizações no uso das tecnologias, novas mídias e do comportamento inovador de forma integrada para propor soluções aos problemas que enfrentamentos na sociedade:
Social Good = Tecnologias + Comportamento Inovador + Contribuição com a solução de problemas da sociedade.
Mas o que significam esses conceitos?
- Tecnologias:
Para o SGB, tecnologias são a combinação entre hardware e software, com alta capacidade de escala ou exponencial para gerar impacto e efetivamente solucionar um problema social.
Essas tecnologias podem ser de uso, quando utilizam as plataformas já existentes. Um exemplo disso é o TETO – como já citamos aqui no blog – que usa a internet, mídias sociais e aplicativos para mobilizar voluntários e articular campanhas de arrecadação de recursos.
Como também podem ser tecnologias de desenvolvimento, que demandam alto nível de conhecimento técnico, pesquisa e desenvolvimento para serem aplicadas. Na prática, ou se uma tecnologia nova ou se adapta uma já existente, tornando acessível a pessoas que não tinham acesso. A Gerasol, por exemplo, oferece, por meio de aquecedores solares, uma solução ecológica e de baixo custo. - Comportamento Inovador:
Praticar um comportamento inovador significa utilizar as tecnologias de uma nova forma, que promova a colaboração, em rede, considerando modelos de liderança compartilhados. Vale ressaltar que o comportamento inovador não está restrito ao uso da tecnologia, visto que representa um modelo mental, uma nova forma de pensar. Pensar diferente leva a novos saltos de inovação que podem efetivamente resolver problemas pulsantes na sociedade. - Problemas da Sociedade:
São os agentes de mudança, empreendedores e inovadores, que definem e justificam a relevância do problema que precisa ser resolvido, considerando os dados relacionados ao desafio a ser resolvido. Dessa forma, inúmeros problemas em diferentes áreas, não só podem ter como precisam de soluções criativas, inovadoras e urgentes, a saber:
– Meio ambiente & energias renováveis
– Cultura & entretenimento
– Consumo consciente & justo
– Saúde
– Cidades & mobilidade urbana
– Cidadania & engajamento social
– Habitação
– Educação
Mas como essa combinação entre tecnologia e comportamento inovador pode contribuir para, de fato, resolver problemas da sociedade?
A partir do conceito de pobreza multidimensional definido pelo Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel da Paz, em que a pobreza vai além do poder econômico e renda e abarca o acesso (ou a falta de acesso) a serviços básicos de educação, saúde, saneamento e moradia de qualidade, o Social Good Brasil acredita ser é possível gerar impacto social em quatro dimensões:
• Oferecendo ACESSO a esses serviços básicos, o que reduziria as desigualdades sociais e a assimetria de informação entre as pessoas. A tecnologia pode ser poderosa nesse sentido.
• Gerando AUTONOMIA com o uso da tecnologia e indo além do acesso a serviços. O movimento Maker é exemplo disso, porque empodera pessoas a se tornarem makers e a fabricarem, dentro de laboratórios, produtos e protótipos, aproximando ciência e inovação para quem não tinha acesso antes. Outro exemplo que já mencionamos aqui no blog, são as agências de jornalismo independentes que, conseguem oferecer novos olhares e opiniões sobre os acontecimentos, utilizando a tecnologia e contribuindo para a imparcialidade dos meios de comunicação.
• Promovendo a TRANSPARÊNCIA, já que as tecnologias disponibilizam rapidamente informações relevantes e são um caminho para combatermos a falta de informação e conhecimento na população. A tecnologia também tem tornado as pessoas mais ativas do ponto de vista político e como consumidoras. O Meu Rio, como já falamos, usa a tecnologia para mobilizar pessoas residentes na capital carioca a participarem das decisões coletivas que envolvam a cidade.
• Dando ESCALA, levando soluções para um número cada vez maior de pessoas e sendo facilmente replicável em qualquer lugar. Exemplo disso? O Ficha limpa que se tornou lei via inciativa popular e envolveu mais de mais de 2 milhões de brasileiros e o congresso nacional. Massa não é?
E, ainda, o Social Good Brasil tem um laboratório incrível!
O Social Good Brasil Lab é um laboratório que ajuda a viabilizar projetos que usam as tecnologias e novas mídias para melhorar o mundo. Desde 2013 já apoiaram 250 empreendedores e 122 iniciativas de todo o Brasil, muitas delas voltadas para Educação. Quer saber como funciona? Aperte o play!
Podem participar:
• Ideias de impacto social positivo
• Iniciativas já existentes, mas que querem validar seu modelo de negócio
• Projetos a serem aplicados dentro de empresas privadas
• Coletivos e movimentos sociais
• Organizações sociais
• Negócios sociais
• Outras opções que não se enquadram acima, mas que têm pessoas com comportamento super inovador por trás 😉
Se você se sente incomodado com os problemas da sociedade e tem uma ideia que vai impactar positivamente a vida de milhares de pessoas, aproveite porque o SGB Lab edição 2016 está com inscrições abertas por tempo limitado. Para conhecer melhor esse ambiente criativo e como funciona o processo de inscrição e seleção, visite o site: sgb.org.br/lab. Como dizemos aqui na Echos, faça inovação para o bem, faça inovação para valer!