O termo storytelling tem sido muito usado nos últimos anos e poderia ser traduzido na expressão “como contar histórias”. É uma arte ou uma técnica utilizada em roteiros de cinema, teatro, literatura, publicidade e até no meio corporativo.
Contar histórias é algo que fazemos desde que nos conhecemos por gente, por motivos que você vai ver durante o meu curso. Nós nunca deixamos de criar narrativas. Mas de qualquer modo, o termo está sendo revivido, pois hoje em dia é reconhecido como uma ferramenta poderosa, capaz de capturar a atenção de qualquer plateia, de inspirar pessoas e engajá-las em uma ideia ou projeto.
No Brasil, além de storytelling, falamos também em “contação de histórias”, que, apesar de ser uma expressão bastante utilizada, ainda soa um pouco estranha para alguns. Teoricamente, uma seria a tradução da outra. Mas na prática elas acabam adquirindo significados diferentes, pois quando se fala em contação de histórias, o que logo vem à mente da maioria das pessoas é alguém rodeado de crianças narrando contos infantis.
Portanto, no uso atual que estas expressões acabaram tendo, o storytelling seria um termo que abrangeria várias mídias, e a contação de histórias nos remeteria mais à oralidade, ao ato de narrar histórias ao vivo. Mas isso não é importante. O que realmente importa é perceber que storytelling e/ou contação de histórias atendem aos propósitos do mundo de hoje, enquanto a oratória não.
Pois a oratória nasceu como um conjunto de regras criadas pelos antigos gregos, que depois foram adotadas pelos romanos. Ela deriva da retórica, que é mais propriamente a elaboração do discurso, enquanto a oratória seria o modo de apresentá-lo.
A oratória pretende influenciar as audiências, assim como o storytelling e a contação de histórias. Porém, o problema é que o seu foco está centrado no orador. O objetivo aqui é apurar qualidades como postura, gestos e fala. Ou seja, a oratória se dedica mais a estudar a forma, o acabamento exterior, pois foi desenvolvida em uma época em que era importante ser bem visto e bem ouvido a grandes distâncias.
A questão é que, atualmente, temos microfones para ampliar nossa voz e telões para ampliar nossos gestos. Não precisamos mais nos esforçar fisicamente para atingir uma plateia. E o que buscamos não é apenas o “bem falar” ou a “correção nos gestos”, mas sim o ponto de contato, de encontro com quem nos assiste.
Como você vai ver durante o meu curso, para a apresentação ao vivo usamos a técnica sim, e bastante apurada. Mas que trabalha de dentro para fora, buscando a emoção verdadeira combinada com um acabamento natural, sem artificialismos.
Você terá a oportunidade de verificar que não existe um modo certo de se apresentar. Só existe a sua maneira de fazer isso. Assim, você não irá procurar se enquadrar em um sistema padronizado, mas se tornará único e despertará a empatia.
Além disso, no meu curso você também poderá perceber que o foco não está o tempo todo no apresentador. Você verá que deve sempre deixar um espaço para também ouvir a plateia e incluir as suas reações, criando um fluxo de mão dupla. E esses dois fatores, a verdade de quem fala e a inclusão de quem ouve, criam uma conexão profunda, duradoura e, portanto, efetiva.
Afinal, mais do que influenciar, queremos despertar a audiência, emocionar, inspirar, engajar. E com um toque de magia, de encantamento, para que este encontro, além de ser tecnicamente bem conduzido, seja também tocante e memorável.