Desenvolvido originalmente pelo Google, Design Sprints são processos de 5 dias que usam a abordagem do Design Thinking para responder desafios de negócio através do design, prototipagem e teste, sempre colocando as pessoas no centro da solução. É um atalho no processo de desenvolvimento de produtos, serviços e funcionalidades, onde podemos rapidamente testar e aprender com uma ideia, economizando tempo e dinheiro de todos.

Nesse texto compilamos 6 dicas que vêm da prática Echos de execução de Design Sprints, os fatores que consideramos fundamentais para termos um processo de aceleração de ideias com sucesso.

Dica 1: A base para seu Design Sprint deve ser sempre um bom desafio

Costumamos dizer em nossas sessões de Design Sprint que o desafio selecionado é o problema mais importante de sua empresa pelos próximos 5 dias. A escolha do desafio é fundamental para o decorrer do processo, ele irá acelerar o desenvolvimento de um projeto ou ideia. Tenha em mente que esse desafio não vai resolver todos os problemas do seu negócio, mas sim se propor a começar pelo mais importante. Ao final de 5 dias você precisará chegar à algo tangível, o desafio deve ser então prototipável, isso significa que  normalmente já há um bom entendimento sobre ele, com algumas hipóteses levantadas. Então nada de desafios muito amplos e etéreos, foque em algo mais prático e urgente, pode ser até parte de um produto ou ideia, como funcionalidade de um aplicativo.

 

 

 

 

” O sprint força a equipe a se concentrar nas questões mais urgentes. Em segundo, permite que você aprenda a partir da superfície do que seria seu produto final.” Jake Knapp

Dica 2: Procure entender o que as pessoas realmente querem dizer.

Quando for testar seu protótipo você precisará levar em consideração algumas coisas. Tenha clareza do que está sendo testado, é a proposta de valor? Usabilidade? Para cada dúvida ou hipótese você precisará focar em determinadas perguntas à seus usuários. Para qualquer uma das opções é preciso entender que as pessoas normalmente não falam aquilo que elas realmente querem dizer, e é fundamental que você capte os sentimentos reais do usuário ao utilizar seu produto. 

Para fazer isso você terá que fazer as perguntas certas nas horas certas. Deixe o usuário navegar pelo produto ou serviço sem ficar explicando tudo, mas fique atento à linguagem corporal e expressões, e pergunte como a pessoa se sente. Além disso prepare algumas tarefas para ela realizar ao longo do protótipo. Aqui é o momento de usar o mindset de pesquisa qualitativa e investigar o que há por trás das respostas e comportamentos dos entrevistados. 

Em um teste de usabilidade que realizamos para um aplicativo de serviços financeiros perguntamos à um usuário qual era o status do produto dele, se estava tudo bem ou tinha alguma pendência. Ele prontamente nos respondeu que estava tudo bem. Ao perguntar o que exatamente na tela mostrava isso, ele precisou pensar e refletir antes de dar a sua resposta – nos teste queremos as respostas que NÃO são automáticas.

Dica 3: Escolha as pessoas certas.

O segredo para um bom Sprint está na combinação dos participantes. Quando chegar o momento de decidir quem irá participar do processo tenha em mente não deverá ultrapassar 7 pessoas, esse é um bom número para manter as atividades fluindo. Você terá apenas 5 dias, então as pessoas certas devem estar lá na hora certa para que você obtenha um bom resultado.

Esse time deverá ter uma mistura de pessoas, principais executores combinados a alguns experts com conhecimento especializado, que dependerão da escolha do desafio. Todos eles fazem parte da sua equipe, tem conhecimentos e especialidades complementares. Não se esqueça da figura do decisor, em muitos momentos ele terá que tomar decisões para que o projeto siga em frente. Ele não necessariamente deve ser o chefe, mas sim alguém envolvido com o problema ou ideia que possui conhecimento, experiência e autonomia suficientes para tomar decisões de projeto.

Por último, mas não menos importante está a figura do designer facilitador. Ele irá garantir que o tempo de cada atividade seja respeitado e administrará o processo como um todo, extraindo o melhor dos debates e mantendo a energia da equipe afinada.

Nós sabemos que manter todo mundo na mesma sala por uma semana é muito complicado, visto que temos agendas cada vez mais cheias e pouco tempo de sobra. Costumamos dizer que pessoas podem sair do Sprint, mas nunca entrar, porque acabamos perdendo muito tempo explicando todo o processo para elas. Então comece com toda a equipe no primeiro dia, e reintroduza participantes à medida que forem necessários. O decisor pode aparecer em momentos chave, e um UX designer pode vir só na fase de prototipagem digital por exemplo. Mas o ideal é que todos estejam juntos os 5 dias. 

Dica 4: Desapegue de suas ideias. Não sobrecarregue, construa o suficiente para aprender.

Quando estamos em um projeto de design costumamos ter muitas ideias, podendo eventualmente voltar a elas quando quisermos. Mas em um Design Sprint não temos tempo para voltar atrás. 

Lá pelo segundo ou terceiro dia acabamos gerando uma grande quantidade de ideias, seja em grupo ou individualmente, e precisamos escolher uma para seguir adiante. Para muitos esse é um processo doloroso, existe o sentimento de estar jogando uma potencial grande ideia no lixo, mas se você a descartou, é porque ela não era tão boa assim para o desafio que estamos resolvendo.

O time, em conjunto com o facilitador, precisa ser capaz de olhar para a ideia com um olhar crítico, e definir qual vale a pena ser investida, qual ideia irá solucionar o desafio da melhor maneira.

Tenha em mente que você poderá trabalhar essa ideia pelos próximos meses como um projeto, então precisa acreditar muito nela. Não tem problema combinar várias características de ideias diferentes para criar uma nova. Esse processo de decisão pode ser complexo de ser resolvido entre a equipe, e é nesse momento que as figuras do decisor e facilitador podem aparecer com força.

Dica 5: Mantenha a energia do time.

Quem já participou de um Design Sprint sabe o quão cansativo é. São 5 dias de muito trabalho intenso para chegarmos em uma entrega, isso é bom porque cria o senso de  urgência necessária para aumentar o foco e cortar os debates desnecessários, mas com a energia errada pode sobrecarregar ou frustrar o time, ou não obter o resultado almejado.

Por isso é fundamental manter a energia do time equilibrada através de rotinas. 

Primeiro a jornada de trabalho deve ser das 10h às 17h, com uma hora de pausa para o almoço. Sim, 7h de jornada. Não parece muito, mas durante o Sprint trabalhamos totalmente focados e produzimos muito, então para não exaurir a equipe diminuímos a jornada convencional de trabalho. Além disso distribua pequenas pausas de 10 minutos ao longo do dia, de acordo com o humor da equipe.

Você vai perceber que o Sprint também possui curvas, ora estamos trabalhando em equipe e falando muito, ora estamos trabalhando individualmente em silêncio. Essas mudanças são boas para dar a sensação de quebra de tarefa e evolução do que está sendo desenvolvido.

Lembra na dica 3 que falamos sobre a entrada de pessoas no meio do Sprint? Então, esse é um fator que costuma atrapalhar o humor do time. Como todos ficam aguardando pelo onboarding do participante, acabam perdendo o ritmo. 

Pense nisso também na hora de recrutar o time e escolher o facilitador, busque pessoas que ajudam a elevar o humor de todos e tenham sensibilidade de entender a situação e ser capaz de mudá-la.

Dica 6: Aprenda mais com a gente.

Você pode aprender mais sobre Design Sprints assistindo o vídeo abaixo, onde nossos Design Thinkers te conduzirão pelo sprint feito pela Echos para o Google News Initiative Design Accelerator.

O vídeo está em inglês, para acessar as legendas automáticas do Google primeiro acione as legendas automáticas, depois vá em ‘configurações’, selecione ‘legenda’ e depois ‘traduzir automaticamente’.

 

Se você estiver interessado em levar Design Sprints para sua empresa entre em contato conosco ou visite nosso website.

 

 

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Ricardo Ruffo

Ricardo Ruffo is a born entrepreneur, educator, speaker and explorer. As a writer by passion Ricardo daydreams on how the world is changing fast and how it could be.

Ruffo is the founder and global CEO of Echos, an independent innovation lab driven by design and its business units: School of Design Thinking, helping to shape the next generation of innovators in 3 countries, Echos – Innovation Projects and Echos – Ventures. As an entrepreneur, he has impacted more than 35.000 students worldwide and led innovation projects for Google, Abbott, Faber-Castell and many more.

Specialist in innovation and design thinking, with extensions in renowned schools like MIT and Berkeley in the United States. Also expert in Social Innovation at the School of Visual Arts and Design Thinking at HPI – dSchool, in Germany.

Naturally curious, love gets ideas flying off the paper. He always tries to see things from different angles to enact better futures. In his free time, spend exploring uninhabited places around the world surfing.