Em maio deste ano, a gerente de Finanças da Echos, Eliane Mazali, esteve presente na Fintech Conference, em São Paulo. Uma coisa que fica clara nesses eventos é como a modernização do mercado financeiro nacional e mundial tem se intensificado.

A busca pela eficiência tem sido um denominador comum entre as instituições financeiras, que buscam satisfazer um consumidor cada vez mais exigente e criterioso. Um dos grandes desafios, por exemplo, tem sido valorizar aspectos ainda pouco difundidos na área, como a transparência e o foco na sociedade.

Quer se atualizar sobre quais têm sido os principais impactos da modernização no sistema financeiro brasileiro? Abaixo, veja as principais inovações do ramo! 

Internet Banking

O Internet Banking já existe há algum tempo, mas o desejo de emancipação das agências bancárias físicas só tem aumentado. Por isso, hoje em dia, a maioria dos serviços bancários estão disponíveis para serem realizados digitalmente. O Internet Banking é a plataforma online (podendo esta ser o próprio site do banco) onde o cliente pode efetuar operações financeiras virtualmente, como consultar seu saldo, extrato, transferências e pagamentos.

Mobile Banking

Continuando na experiência do Internet Banking, o uso do Mobile é muito representativo. Se formos analisar as compras que são realizadas pela internet, por exemplo, 48% das transações são feitas via dispositivos móveis. Então, essa é uma tendência global, que comprova a importância de investir em aplicativos para atender melhor ao consumidor.

Com essa mudança de comportamento, a necessidade de efetuar operações bancárias via mobile cresceu. Em 2018, as transações bancárias feitas por celular aumentaram 24% e 2,5 milhões de pagamentos e transferências foram feitas via mobile.

Bancos digitais

Por fim, como uma prova de que é possível realizar transações via internet sem a necessidade de uma agência física para isso, os bancos digitais surgiram (por volta de 2013) de maneira significativa em nosso país. NuBank, Inter e Next são exemplos dos bancos que vieram propor novos modelos de funcionamento. Cartões de crédito sem anuidade, saques sem tarifas, contas correntes com rendimento e uma experiência 100% virtual com atendimento humanizado (que não deixa a desejar com relação aos bancos tradicionais) são grandes diferenciais dessas empresas. 

Processo de desbancarização 

Apesar de toda a busca pela modernização bancária, o processo de desbancarização iniciou em 2015 e tem se fortalecido. Desbancarização é deixar de usar o banco à procura de melhores serviços em outras instituições, como as corretoras de investimento e as fintechs brasileiras

Quando o assunto é “investimentos”, é possível encontrar uma diversidade maior de produtos, com menos taxas e rentabilidades mais atrativas do que as das instituições tradicionais nas corretoras de investimentos. Portanto, essas instituições têm oferecido condições mais atrativas e modernas aos investidores. 

Simuladores para investimentos

Ainda sobre investimentos, uma das ferramentas que tem tido muita procura e que costuma, inclusive, ser oferecida pelas corretoras, é o simulador de investimentos. Essa tecnologia é uma ótima opção para aprender na prática a realizar investimentos condizentes à sua realidade como um investidor. 

Praticando em simuladores de investimentos, você pode entender melhor sobre rentabilidade e, a partir disso, saber quanto é necessário aplicar para alcançar seus objetivos financeiros. Caso seja um simulador da bolsa de valores, é possível aprender a comprar e vender ações com cotações reais e dinheiro fictício.

Blockchain

O Blockchain surgiu em 2008 e pode ser definido como um banco de dados descentralizado. Milhares de pessoas podem escrever no blockchain e conferir os dados escritos nele (contanto que respeitem certas regras do protocolo).

Ele é um método muito bom para registro de operações e, por isso, serve como um saldo histórico das transações realizadas utilizando as criptomoedas. Apesar de não parecer, os registros do Blockchain são praticamente imutáveis, sendo muito difícil que um agente malicioso mude os dados registrados nessa rede. Ou seja, apesar da sua descentralização, o Blockchain confere segurança aos seus usuários.

Criptomoedas

inovação tecnológica no mercado financeiro

As criptomoedas foram criadas por volta de 2011, sendo o Bitcoin a mais famosa delas (outros exemplos seriam a Cardano, Stellar e IOTA). As criptomoedas são digitais e não possuem representação física. 

Essas moedas utilizam a criptografia (códigos difíceis de quebrar) para garantir a segurança das suas transações. A negociação das criptomoedas se dá pela internet, sem bancos ou outras instituições financeiras como intermediárias, não possuindo um sistema monetário regulamentado. Muito por conta disso, o seu valor oscila muito, o que confere grande risco, mas também grande rentabilidade para esse tipo de investimento.

Inteligência artificial 

A inteligência artificial é utilizada em várias áreas atuais da humanidade e o mercado financeiro não está de fora dessa inovação. A IA é usada para a automatização de resoluções simples, como o processamento de informações financeiras. 

Assim, a era do big data ajuda na obtenção de dados relacionados a clientes, holdings e negociações. Empresas mais sofisticadas usam o machine learning para a previsão do risco de falência, de retornos e de lucros. Para fundos de investimentos, a tecnologia ajuda ainda na construção de portfólio.

Robôs-assessores

Os robôs são um exemplo de aplicação da inteligência artificial e, para se ter ideia, o valor de ativos financeiros ao redor do mundo administrados por robôs em 2017 chegou a U$ 222 bilhões! Criados por volta de 2016, os robôs-assessores são um dos tipos de robôs utilizados pelo mercado financeiro e eles servem para criar portfólios de investimentos.

Esses bots funcionam por meio de um algoritmo, que usa as informações fornecidas pelo usuário para criar uma carteira de acordo com o perfil desejado de risco, vencimentos e rendimentos. Uma das vantagens é que os robôs-assessores têm uma taxa de administração mais baixa, já que não dependem do envolvimento direto de uma pessoa na alocação de recursos.

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Ricardo Ruffo

Ricardo Ruffo is a born entrepreneur, educator, speaker and explorer. As a writer by passion Ricardo daydreams on how the world is changing fast and how it could be.

Ruffo is the founder and global CEO of Echos, an independent innovation lab driven by design and its business units: School of Design Thinking, helping to shape the next generation of innovators in 3 countries, Echos – Innovation Projects and Echos – Ventures. As an entrepreneur, he has impacted more than 35.000 students worldwide and led innovation projects for Google, Abbott, Faber-Castell and many more.

Specialist in innovation and design thinking, with extensions in renowned schools like MIT and Berkeley in the United States. Also expert in Social Innovation at the School of Visual Arts and Design Thinking at HPI – dSchool, in Germany.

Naturally curious, love gets ideas flying off the paper. He always tries to see things from different angles to enact better futures. In his free time, spend exploring uninhabited places around the world surfing.