No mês de abril, convidamos lideranças de diferentes  empresas e uma banda de jazz para um evento na Echos. E ao contrário do que possa parecer, não era uma confraternização ou ação de Networking, mas um treinamento sobre liderança dinâmica. Quer saber o que uma banda de jazz tem a ver com isso? Vamos explicar mais a seguir.

O que é liderança dinâmica?

Liderança é a capacidade de unir pessoas para solucionar problemas complexos. Além disso, é a liderança de design que leva as pessoas a enxergarem as coisas de uma maneira diferente. Dentro desse contexto, surge um modelo que tem como objetivo melhorar a gestão empresarial e consequentemente o desempenho das companhias brasileiras: a liderança dinâmica, uma definição nova, mas que tem adquirido bons resultados nas companhias que já a inserem no seu dia a dia.

“Percebemos que as empresas estão mudando seu modelo de gestão.  A tendência é o que chamamos de liderança dinâmica, que é a oportunidade de criar melhores conexões dentro das organizações em um contexto cada vez mais complexo”, afirma Mário Rosa, sócio e responsável pela Echos, laboratório de inovação que utiliza o Design Thinking para propor soluções que transformam realidades e constroem futuros desejáveis.

O papel do novo líder

A ideia é não ter um líder fixo. Toma a frente do projeto quem é especialista no assunto naquele momento ou quem tem uma visão criativa. Fato que gera um ambiente de construção de times orgânicos e não um clima de competição. De acordo com o especialista, o que vemos hoje são organizações extremamente hierarquizadas, que são modelos que buscam eficiência de reprodução das mesmas coisas, e não voltados para inovação.

“Gosto de fazer uma comparação entre orquestra sinfônica e o jazz. A orquestra representa o modelo como temos hoje em grande parte do mercado, com um maestro que comanda músicos em um processo rígido que precisa seguir a partitura, focada na excelência, no cumprimento das orientações, sem desvio de padrão estabelecido. Já no Jazz, hora você está solando, hora você está fazendo a base para enaltecer o solo de outra pessoa. O líder não é aquele que sabe a resposta, impossível saber a resposta nesse contexto de incertezas que a gente vive hoje”, pontua.

O contexto de hoje é marcado por uma série de transformações, que carregam uma grande complexidade de informações, dados e acontecimentos. Além disso, a velocidade faz com que esses fatos não tenham uma resposta única em um modelo estruturado, assim como acontece nas orquestras sinfônicas. Isso acaba criando um afastamento do mundo e da complexidade do que está acontecendo do lado de fora. E é justamente isso que causa a morte de muitas empresas.

De acordo com Rosa, a liderança dinâmica proporciona ganho de autonomia e ganho de performance. “Os grandes líderes são aqueles que levam pessoas para achar soluções navegando na complexidade e não sabendo qual é a resposta, mas sabendo como navegar nesta complexidade para chegar até boas respostas”.

Exemplos de liderança dinâmica

Fora do Brasil, o Spotify é um grande case de liderança dinâmica. O modelo organizacional da companhia conta com times menores, que têm autonomia para tomada de decisão e desenvolvimento do começo ao fim de projetos. Essa configuração traz fluidez e facilidade para chegar em uma nova lógica, que é diferente de uma prática impositiva. Já no país, a Alelo está fazendo um ótimo proveito dos seus times de inovação, utilizando os mesmos modelos do Spotify, conseguindo, dessa forma, chegar a soluções com métricas diferenciadas.

É nesse momento que surge a necessidade de times multidisciplinares. “Equipes de alta performance são cada vez mais demandadas pelas organizações justamente para criar essas pontes com o nosso contexto que está mudando cada vez mais e mais rápido. Esse modelo vem transformar as empresas de forma a ajudá-las a evoluir no caminho da inovação”, garante o especialista.

Quer trazer um treinamento de liderança para sua empresa? Entre em contato com incompany@echos.cc

 

Ricardo Ruffo

Ricardo Ruffo is a born entrepreneur, educator, speaker and explorer. As a writer by passion Ricardo daydreams on how the world is changing fast and how it could be.

Ruffo is the founder and global CEO of Echos, an independent innovation lab driven by design and its business units: School of Design Thinking, helping to shape the next generation of innovators in 3 countries, Echos – Innovation Projects and Echos – Ventures. As an entrepreneur, he has impacted more than 35.000 students worldwide and led innovation projects for Google, Abbott, Faber-Castell and many more.

Specialist in innovation and design thinking, with extensions in renowned schools like MIT and Berkeley in the United States. Also expert in Social Innovation at the School of Visual Arts and Design Thinking at HPI – dSchool, in Germany.

Naturally curious, love gets ideas flying off the paper. He always tries to see things from different angles to enact better futures. In his free time, spend exploring uninhabited places around the world surfing.