Monika Bielskyte gosta de se descrever como uma futurista “com olhar artístico e mente inventiva”.  Também se define como nômade digital, já que, nascida na Lituânia, já viveu em mais de 80 países pesquisando futuros.

Fundou a plataforma All Future Everything, por meio da qual realiza projetos sociais futurísticos e ambientalmente engajados para a indústria do entretenimento, da tecnologia e para cidades e países. Dentre esses clientes, estão:  Universal, Google, BBC, DreamWorks, Cidade do México, United, Arab Emirates, Anonymous Content, entre outros.

Monika será uma das palestrandes internacionais da DT CON, nossa conferência de design thinking que irá acontecer entre os dias 26 e 27 de novembro na EBAC (Escola Britânica de Artes Criativas). 

Nesta palestra, Monika Bielskyte compartilhará suas experiências na criação dos mundos da ficção científica para a indústria do entretenimento. Ela contará como isso afeta o desenvolvimento tecnológico do mundo real e a maneira como pensamos na experiência e interação do usuário.

Para dar um gostinho do que será sua palestra, reunimos aqui algumas das pílulas de conhecimento que ela tem espalhado pelo Mundo:

O Futuro é uma oportunidade

 “O futuro não é um ponto final, mas um lugar de oportunidade – uma chance de criar uma mudança de paradigma”, diz Monika. Ocidentais parecem ter uma visão negativa do futuro, mas os orientais de países com economias emergentes tendem a ser mais otimistas, observou ela. Ela própria nasceu na era soviética da Lituânia e enxergu o futuro como uma oportunidade, apesar das dificuldades.

Realidade mista, realidade compartilhada

Nós estamos vivendo em um mundo de realidade mista, no qual as sobreposições digitais no mundo físico levam a significados e interações mais ricas. Os dispositivos não capturam apenas o que estamos vendo, mas “sabem” o que estão vendo.

A computação, como o UX, permeia tudo o que fazemos. “Não estamos apenas observando o futuro, estamos no futuro”, acrescentou ela. As telas não precisarão mais parecer chamativas para atrair nossa atenção, elas serão incorporadas em nosso ambiente e em nós mesmos.

Educação e sense-making

A natureza sem fronteiras da mídia digital possibilita a criação de novos caminhos e espaços educacionais para as crianças. Isto é particularmente valioso para crianças com necessidades especiais, por exemplo, as que são paraplégicas. Todas as crianças devem receber ferramentas para sentir e contar suas próprias histórias.

Os novos mundos podem ajudar a passar da imaginação para a conversação, colaboração e transformação em áreas como educação e saúde. O futuro da educação não está apenas criando conhecimento de domínio, mas ensinando as pessoas a aprender. “As maiores invenções nos levam a inventar ainda mais”, disse Monika.

Diversidade é chave para o sucesso

Grande parte das tecnologias de mídia emergentes e sua representação são criadas por homens brancos em Hollywood e no Vale do Silício, mas precisamos de mais diversidade nas linhas de gênero, raça, classe, habilidades e geografia. As mulheres, em particular, são mais sensíveis às questões  individuais que são afetadas pelas tecnologias emergentes de Realidade Aumentada (AR) e Realidade Virtual (VR).

Espaço urbano

A tecnologia VR pode ser usada não apenas como um novo mundo, mas como fluxo de trabalho colaborativo para criar cidades melhores. Cidades carecem desesperadamente de novos tipos de espaços criativos para diversas colaborações e expressões físicas. Também é importante projetar espaços de possibilidades digitais no mundo físico por meio de sobreposições de VR / RA.

UX para HX

Os usuários não são apenas pontos de dados, mas indivíduos com habilidades e poder. A inovação tecnológica sem evolução humanitária leva a um futuro distópico, advertiu ela. A IA não é necessariamente uma pílula mágica, nem a VR a última máquina de empatia, nem a solução para acabar com toda a corrupção.

Um sentimento de inclusão em todos os campos é o futuro. O futuro do entretenimento está criando novos mundos, não apenas novos produtos ou projetos; O futuro do VR são plataformas colaborativas para trabalho e lazer. “Projete a cultura do amanhã que estaremos habitando”, concluiu Monika.

Nesta entrevista, você pode conferir um pouco mais de suas falas:

Gostou do assunto?  Não perca a chance de ouvir a palestra de Monika ao vivo em nossa DT CON! Além dela, teremos outros grandes nomes nacionais e inernacionais.

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Ricardo Ruffo

Ricardo Ruffo is a born entrepreneur, educator, speaker and explorer. As a writer by passion Ricardo daydreams on how the world is changing fast and how it could be.

Ruffo is the founder and global CEO of Echos, an independent innovation lab driven by design and its business units: School of Design Thinking, helping to shape the next generation of innovators in 3 countries, Echos – Innovation Projects and Echos – Ventures. As an entrepreneur, he has impacted more than 35.000 students worldwide and led innovation projects for Google, Abbott, Faber-Castell and many more.

Specialist in innovation and design thinking, with extensions in renowned schools like MIT and Berkeley in the United States. Also expert in Social Innovation at the School of Visual Arts and Design Thinking at HPI – dSchool, in Germany.

Naturally curious, love gets ideas flying off the paper. He always tries to see things from different angles to enact better futures. In his free time, spend exploring uninhabited places around the world surfing.