Inovação é a palavra da vez para quem quer sobreviver na complexidade econômica e social da atualidade. As lideranças estão cada vez mais convencidas que criar produtos e serviços que realmente gerem valor é fundamental para atender as necessidades do consumidor. Porém, por mais que haja o desejo pela mudança, elas acabam cometendo erros que impedem a inovação de realmente acontecer. Listamos abaixo as principais atitudes que bloqueiam a inovação nas empresas:
1- Medo de errar
Uma das principais características da inovação é a incerteza: não existe uma fórmula correta para ela acontecer. Por isso, a única maneira de inovar é testando e colocando as novas ideias na prática, e até elas chegarem na melhor forma, naturalmente surgem erros no processo. O problema é que a cultura do erro ainda não é bem aceita no país, pois como lembra Graziela Di Giorgi, autora do livro “O efeito iguana”, as pessoas valorizam mais perdas que ganho. Ela chegou a essa conclusão após pesquisar bloqueios e estímulos à inovação dentro das empresas.
O medo do erro nas organizações acaba bloqueando a criatividade e a inovação. A solução para isso, segundo o gerente de negócios da Echos Mário Rosa é encarar o erro como processo que faz parte da aprendizagem: “é preciso sair um pouco da relação do ROI (Return on Investment) para o ROL (Return on Learning). Se a gente começar a inverter essa lógica o erro passa a não ser ruim e a aprendizagem vira evolução”, diz Rosa.
2- Estrutura hierárquica
A inovação está diretamente ligada ao padrão de interação entre as pessoas, portanto quanto mais hierarquizada, mais dificuldade ela tem de inovar. Para isso não acontecer, é preciso dar voz a todos e compartilhar as informações de maneira transparente. Cabe ainda ao líder empoderar as pessoas para que elas possam expressar o que têm de melhor. Para explicar melhor esse conceito, Rosa faz a seguinte analogia: “o modelo de gestão padrão das grandes empresas pode ser comparado à de uma orquestra sinfônica: um líder (maestro) conduz todos os participantes. Para navegar na complexidade atual é preciso ser mais parecido com uma banda de jazz: alternância de liderança, interdependência e complementariedade. No jazz todos os instrumentos têm sua vez de solar e enquanto um deles sola, os outros fazem a base para que ele possa ter o melhor resultado. E para os momentos de crise, existe a capacidade de improvisar e construir colaborativamente”.
3- Falta de diversidade nos projetos
Aqui entram dois valores fundamentais do design thinking: empatia e colaboração. A abordagem de inovação baseada nos valores do design acredita que é preciso ter diferentes pontos de vistas para entender um problema e gerar ideias que tenham valor focado no humano. Por isso, um erro bastante comum é deixar a inovação apenas em uma área da empresa ou não considerar visões de todas as áreas e cargos, desde estagiários à CEO. Quando o assunto é inovação, quanto mais variedade, melhor.
4- Não investir em capacitação e mudança de mindset
O primeiro passo para a inovação acontecer em uma empresa é a mudança de mindset, ou seja, a visão de mundo.
Isso porque quando um novo conceito ou solução é criado em um ambiente onde o modelo mental é antigo, a inovação não sai do papel, uma vez que a equipe que deve colocar a inovação em prática pode não estar preparada para esse processo. É por isso que muitas empresas e organizações não conseguem inovar. Portanto, o passo número um quando falamos em inovação é a capacitação do indivíduo e dos times. Um bom começo, é começar a capacitação pelo time de RH e pelas lideranças.
5- Não prototipar
Quantas vezes você já presenciou o seguinte cenário: a empresa tem uma ideia incrível de um produto, serviço ou negócio que irá revolucionar a vida das pessoas. Essa ideia é tão boa que as equipes passam meses desenvolvendo-a, dando forma, criando site, marca, procurando fornecedores, investindo tempo, dinheiro e todos seus recursos. Então o desastre acontece: quando finalmente a ideia vai para o mercado, descobre-se que ela não era tão genial assim.
Daí a importância de prototipar o quanto antes uma ideia. É fundamental observar como as pessoas irão interagir com o conceito que estamos projetando e criar uma sensação para entender se a sua ideia realmente faz sentido. Definimos protótipo como algo rápido, sujo e barato, para perder o mínimo de tempo e a menor quantidade de recursos possíveis.
Quer capacitar seu time em inovação ou tirar um projeto do papel? Entre contato conosco: incompany@echos.cc