O nosso projeto Iris de violência contra mulher foi pauta do portal Casa Vogue na última semana! Juliana Proserpio, nossa co-fundadora contou ao portal sobre o projeto e como ele está se propondo a desenvolver ideias para estimular a liberdade do feminino através do design. A matéria completa você pode ler abaixo!

O que você gostaria de ver em 2030? “Eu queria muito que você pudesse usar o que você quisesse. E queria que, no Brasil, os pais não tivessem que educar as meninas com medo do que pode acontecer com elas”. É com esse futuro em mente que a designer e empreendedora Juliana Proserpio, fundadora da escola de Design Thinking Echos, estabeleceu, desde 2016, uma parceria com What Design can Do – para pesquisar soluções para a violência contra a mulher.

Tudo começou com uma oficina de empatia profunda que aconteceu no WDCD 2016. Nela, participantes foram convidados a sentir na pele o que sofre uma mulher vítima de violência. Forte e tocante, a dinâmica que usa técnicas do Design Thinking fez sucesso e foi repetida em outras cidades e grupos brasileiros. Só havia um problema: a total ausência de homens.

“Para nós, a essência do problema estava em um desequilibro da relação de poder entre homens e mulheres. Mas eles quase nunca apareciam”, explicou Juliana que já havia criado um “mapa do poder” destrinchando esta relação e, apesar de reconhecer a importância das dinâmicas com as mulheres, resolveu transformá-la totalmente na busca de falar com os dois atores do problema.

Foi neste ponto, por exemplo, que o problema foi ampliado, e para evitar colocar o homem automaticamente no papel de agressor, o projeto passou a buscar ideias focadas na liberdade da essência feminina.

Como a essência feminina é livre nas ruas? Como ela livre dentro de casa? Dentro das escolas? São agora algumas das questões que passaram a guiar a busca por soluções monitoradas pelo instituto Echos. Busca que, por sinal, deve se estender até o fim de 2018 e pode envolver iniciativas internacionais, uma vez que o What Design Can Do tem a intenção de tratar do tema no próximo Challenge do evento.
Diferentemente do que normalmente esperamos de soluções propostas por designers, vale ressaltar que, neste caso, não deve importar se a saída vem através de artefato ou se será uma política, uma mudança no sistema, um serviço… Muito além do design de um bem material em si, a busca do instituto (e de muitos outros designers por aí) tem sido promover o conceito do “design invisível” e do “design de comportamento” – técnicas que usam a teoria do design para criar estratégias que façam da solução mais adequada para a sociedade, a mais fácil também.

“A gente quer usar o poder criativo dos designers e da sociedade para criar soluções tangíveis e locais”, finalizou Juliana que passará o próximo ano recebendo criativos e trabalhando com eles no desenvolvimento de suas ideias. Afinal, no fim das contas, é possível que as melhores delas recebam até mesmo um financiamento.

Ricardo Ruffo

Ricardo Ruffo is a born entrepreneur, educator, speaker and explorer. As a writer by passion Ricardo daydreams on how the world is changing fast and how it could be.

Ruffo is the founder and global CEO of Echos, an independent innovation lab driven by design and its business units: School of Design Thinking, helping to shape the next generation of innovators in 3 countries, Echos – Innovation Projects and Echos – Ventures. As an entrepreneur, he has impacted more than 35.000 students worldwide and led innovation projects for Google, Abbott, Faber-Castell and many more.

Specialist in innovation and design thinking, with extensions in renowned schools like MIT and Berkeley in the United States. Also expert in Social Innovation at the School of Visual Arts and Design Thinking at HPI – dSchool, in Germany.

Naturally curious, love gets ideas flying off the paper. He always tries to see things from different angles to enact better futures. In his free time, spend exploring uninhabited places around the world surfing.