Na semana passada nosso gerente de negócio Mario Rosa e o Vinicius Aranha, consultor de inovação, estiveram no Festival da Cultura Empreendedora ministrando um workshop sobre Business Design!

Após o workshop, o pessoal da Pequenas Empresas, Grandes Negócios listou 5 dicas dadas pela nossa equipe durante o evento para você chegar a uma ideia valiosa de negócio. Confira abaixo.

1. Olhe para dentro de si

A primeira etapa para criar um projeto com potencial de crescer e lucrar no mercado é perceber o tipo de empreendedor que você está disposto e é capaz de ser. Para isso, preste atenção aos seus gostos particulares e suas habilidades. O que te dá prazer em fazer? Quais são as atividades do seu dia a dia que te fazem feliz? E quais são as coisas nas quais você é bom? “A primeira etapa para ter uma ideia de negócio é simples: cruze seus gostos com suas habilidades e, a partir disso, coisas interessantes irão surgir. Se elas são viáveis ou modelos de negócios com potencial, só veremos depois”, afirma Aranha.

2. Qual o seu problema?

É claro que, além de interesses pessoais, a sua proposta deve ser útil para alguém. Por isso, pense em que tipo de problema você acredita ter capacidade de solucionar – mas comece pequeno. Tente observar ao seu redor coisas que são problemáticas e não funcionam.

3. Antes de começar, teste

Depois de diversos brainstorms, alguma de suas ideias irá parecer mais interessante do que todas as outras. Quando isso acontecer, é a hora de se aplicar o conceito de business design – um novo jeito de se desenhar a ideia de negócio.

“Antigamente, quando as pessoas montavam seus negócios, o sucesso era garantido. Por exemplo, alguém interessado em criar uma padaria sabia o modelo que precisava seguir. Quando o empreendimento estivesse pronto, aí sim o cliente era chamado para entrar e consumir. Porém, hoje, usamos o conceito de business design, que inverte toda essa lógica. Primeiro, você deve ir atrás de seu cliente para depois desenhar seu negócio”, diz Rosa.

Segundo ele, ouvir o feedback do seu público consumidor em potencial é essencial, pois isso lhe garante que você esteja desenvolvendo algo que ele realmente precise. “Ainda sem gastar dinheiro, é possível analisar se a sua ideia de negócio é matadora ou não”.

4. Esquematize seu modelo

Uma das formas de visualizar melhor seu projeto é dispor suas ideias em um canvas. O canvas é uma ferramenta que divide o negócio em X categorias. Nessa primeira etapa, tente seguir a ordem das categorias e não tenha medo em escrever hipóteses e coisas que talvez você não tenha certeza de como funcionariam:

Categorias

– Clientes: para quem você está propondo uma solução? Quem irá se interessar pelo seu produto ou serviço?

– Canais: de qual maneira você irá atingir esse seu cliente? Como você vai chegar até esse público?

– Relacionamento: Além de oferecer um produto/serviço para seu consumidor, construir um relacionamento é necessário para que ele continue procurando sua solução. Por isso, qual será a gestão que você irá fazer com seu público além de entregar sua proposta?

– Custo: Quanto seu cliente irá precisar gastar para fazer negócios com você? Qual será o valor da sua proposta de negócio?

– Recursos chaves: Quais serão os recursos necessários para que o seu produto/serviço seja ofertado? Nesse caso, deve-se considerar apenas o que é essencial

– Principais atividades: Quais as ações que devem ser realizadas para que seu produto/serviço chegue ao seu consumidor final? O que você precisa realizar a todo tempo para garantir uma oferta certeira?

– Parceiros chaves: Quais serão as parcerias (outros negócios e empresas) com as quais você pode se associar para trazer valor à marca?

– Estrutura de custos: Quais são os custos que você irá ter para criar o seu produto/serviço e chegar até o seu consumidor?

5 – Remodele, remodele, remodele

Não tenha medo de errar e de perceber que errou. Nessa fase de projetar o seu negócio, é bem provável que falhas sejam cometidas e que o seu consumidor não se sinta representado por alguma de suas propostas. É nesse momento que você precisa estar aberto a ouvir o feedback da sua clientela e adaptar seu modelo para aquilo que ela precisa. Esteja disposto a ficar no looping de entrega ao cliente e feedback por um tempo – essa é uma etapa fundamental.

“Quanto mais você gosta da sua ideia, maior a chance de ela não ser boa para o seu consumidor, porque nós estamos habituados a criar coisas que são boas para nós. É só quando você desapega da sua ideia inicial que ela gera valor para o outro”, diz Aranha.

Nessa etapa, também é importante construir o seu MVP (Mínimo Produto Viável), ou seja, uma versão enxuta de seu produto/serviço para testes. “O MVP é um ciclo de medir, construir, ver e aprender. A cada versão, o seu MVP vai ganhando configurações e vai atendendo melhor o usuário. Para um negócio embrionário, primeiro se atente em resolver o problema para depois embelezá-lo”, afirma Aranha.

Texto publicado originalmente no portal Pequenas Empresas, Grandes Negócios

Ricardo Ruffo

Ricardo Ruffo is a born entrepreneur, educator, speaker and explorer. As a writer by passion Ricardo daydreams on how the world is changing fast and how it could be.

Ruffo is the founder and global CEO of Echos, an independent innovation lab driven by design and its business units: School of Design Thinking, helping to shape the next generation of innovators in 3 countries, Echos – Innovation Projects and Echos – Ventures. As an entrepreneur, he has impacted more than 35.000 students worldwide and led innovation projects for Google, Abbott, Faber-Castell and many more.

Specialist in innovation and design thinking, with extensions in renowned schools like MIT and Berkeley in the United States. Also expert in Social Innovation at the School of Visual Arts and Design Thinking at HPI – dSchool, in Germany.

Naturally curious, love gets ideas flying off the paper. He always tries to see things from different angles to enact better futures. In his free time, spend exploring uninhabited places around the world surfing.