A internet e o avanço da tecnologia está tornando evidente o quanto estamos inseridos em um grande sistema. Tudo está conectado. Estamos todos conectados. O que implica dizer que a todo momento, de modo voluntário ou não, somos plugados a novos fatos, pessoas, experiências.
Porém, se estamos conectados a tudo, o tempo todo, acabamos não conseguindo criar algo realmente novo. Pense que quando você conhece alguém ou toma contato com um conteúdo novo, automaticamente, você também ativa inúmeras conexões. Nesse momento, o que costuma acontecer é que conexões anteriores acabam enviesando a criação de novas.
Imagine que ao conhecer alguém, essa pessoa se vista de uma forma peculiar. Provavelmente, suas conexões anteriores levarão a uma conclusão prévia de quem é aquela pessoa, seus hábitos e sua propensão de gostar dela ou não.
Ou, ao ser atraído por um artigo que achou interessante, descobre que o autor é uma pessoa que tem opiniões políticas divergentes da sua. Há grandes chances de você abandonar a leitura por causa de conexões anteriores.
Saber navegar na complexidade e inovar é exercitar a capacidade de não só fazer novas conexões, como se desconectar do que não é importante. Segundo Reinaldo Campos, gerente de educação da Echos, precisamos criar um campo fluido de (des)conexão, em que a conexão e a desconexão acontecem o tempo todo. Precisamos separar utilizando nossa intenção o joio do trigo. Somente assim, geramos novas conexões que realmente sejam relevantes e inovadoras.
Reinaldo chama esse campo necessário para gerar inovação de gravidade zero. Criando esse campo gravitacional, conseguimos acessar o que é de mais valioso para a inovação: as necessidades humanas. Conseguimos nos conectar com o que o outro sente, vê, pensa e deseja e, ao mesmo tempo, desconectar sobre o que achamos, de acordo com outras conexões, sobre o que o outro sente, vê, pensa e deseja.
No TEDx abaixo, nosso gerente de educação conta com mais detalhes como descobriu, a partir da sua experiência em Design Thinking e da sua história de vida porque criar a (des)conexão é fundamental para se pensar e agir de maneira inovadora.