Independentemente da área de atuação ou do setor da economia, a inovação faz parte do dia a dia de qualquer profissional.

É um termo que impulsiona pessoas e organizações a se desafiarem, evoluírem e prosperarem. Aliás, com o avanço da tecnologia, o termo “inovar” tem se tornado o novo mantra: todos querem ter a inovação como um kit de ferramentas, capaz de ser aplicado a tudo, todos os dias e em qualquer contexto.

Porém, existe uma dificuldade real por parte de indivíduos e líderes em compreender como funciona a inovação e como fazê-la de fato acontecer. Isso porque, em primeiro lugar e em boa parte dos casos, há uma confusão entre tecnologia e inovação. Apesar da tecnologia ser uma constante na vida das pessoas ela por si só não gera inovação. A inovação de fato acontece quando a tecnologia consegue gerar valor percebido para o outro. Ou seja,  faz sentido para quem a usa.

Nesse contexto, o profissional inovador é aquele capaz de produzir valor para as pessoas, a partir de necessidades e dificuldades humanas.

Além disso, ser inovador significa saber pensar e agir de forma estratégica. O que significa dizer que esse profissional precisa ter e desenvolver duas grandes habilidades.

A primeira delas, o pensamento intuitivo, nos ajuda entender com profundidade o usuário e o seu contexto, buscando por respostas, ciente de que a incerteza faz parte do processo de inovação. Além disso, valendo-se do pensamento analítico, é preciso saber utilizar os dados (gráficos, estatísticas e relatórios) e se basear em fatos para uma tomada de decisão mais assertiva.

Portanto, para ser inovador, um profissional do futuro precisa ter domínio tanto de uma habilidade intuitiva, característica presente no Design, quanto analítica, característica presente nos profissionais de negócio. Nesse sentido, tem surgido com cada vez mais força a posição o designer estrategista, visto que ele consegue, simultaneamente combinando essas duas habilidades, entregar valor para as pessoas e para as organizações.

No entanto, como veremos a seguir, um designer estrategista pode atuar de 5 diferentes formas ou a partir de 5 grandes caminhos, cada qual com o seu perfil. Assim, para ser um profissional inovador, você pode ser um:

Design Thinker

Os chamados Design Thinkers são os profissionais com uma visão mais abrangente e generalista. São indivíduos que apaixonados por resolver problemas, independentemente do nível de complexidade e do contexto. A partir da visão do design, conseguem mapear o sistema e as pessoas, extraindo quais são as reais dores e, a partir disso, são capazes de experimentar e criar novas soluções.

Possuem uma grande habilidade de conseguir enxergar tanto o indivíduo quanto o sistema (zoom in/zoom out), ajudando pessoas e organizações a entender o problema sob outras perspectivas.

Business Designer ou Designer de Negócios

Hoje, há designers estrategistas focados em gerar valor modelando novos negócios ou remodelando os já existentes. São profissionais que conseguem identificar oportunidades no mercado e torná-las oportunidades de negócio de sucesso, com o mínimo de recursos. Isso porque, conseguem, a partir do pensamento do design, identificar necessidades reais humanas latentes ou extrair as que estão ocultas e, a partir delas, criar hipóteses e experimentos para validar cada parte de um negócio.

Service Designers ou Designers de Serviços ou de Experiências

Em uma economia cada vez mais centrada em experiências, negócios somente irão prosperar se forem capazes de entregar uma experiência de consumo relevante do início ao fim. Não basta entregar um produto ou serviço, é preciso entregar uma solução que transforme a vida das pessoas.

Nesse contexto onde tudo é serviço, surgem os Designers de Serviços: profissionais que sabem mapear as necessidades dos clientes e, por possuírem uma visão sistêmica do negócio, entregam valor criando experiências. Para tanto, são profissionais que identificam todos os pontos de contato de uma experiência de compra (clientes, fornecedores, influenciadores, entre outros) e são capazes de criar processos ou fluxos de interação com o objetivo de criar uma jornada memorável.

Além disso, são profissionais que, nos bastidores, transformam a experiência em um processo – que está em melhoria constante -, exatamente para saber em qual ponto intervir e como medir o impacto em cada etapa, bem como em que momentos introduzir tecnologia que fazem sentido ou não para a experiência do usuário.

Designer de Impacto Social ou Social Innovation Designer

Se o Designer de Serviço possui uma visão mais focal, o Designer de Impacto Social (ou Social Innovation Designer), será o profissional preocupado em inovar a partir de uma perspectiva macro.

Esse profissional está preocupado em mudar as estruturas sociais e resolver problemas que afligem toda a sociedade. Para tanto, mapeia os problemas sociais, testa possibilidades e cria soluções com alto potencial de impacto. Entende o sistema e age sobre ele. Por possuir uma visão sistêmica, sabe que a transformação social, não se faz sozinha, por isso tem como uma característica marcante ser um bom articulador de redes.

Além de uma forte habilidade de empatia e de conexão e do senso de propósito, é um profissional com alto senso analítico, visto que sabe que o impacto do seu trabalho precisa ser mensurado. Para ele, é assim que se obtém real resultado. Vale destacar que esse tipo de designer estrategista navega tanto no setor público quanto privado, pois entende que tanto as estruturas governamentais quanto de mercado contribuem para gerar uma transformação sistêmica.

Designers de relações ou Facilitadores

Em um mundo cada vez mais multidisciplinar, horizontal e colaborativo, pessoas e organizações precisarão saber liderar de uma nova forma. Nesse contexto, a facilitação será peça-chave para que grupos estabeleçam conexões, alcancem seu potencial criativo e saibam entregar soluções para problemas cada vez mais complexos.

Assim, esse tipo de designer estrategista possui a habilidade de ativar a inteligência coletiva de grupos de trabalho, identificar as diferentes personalidades que emergem e como lidar com elas, bem como, a partir da colaboração, conseguir ao final entregar soluções inovadoras.

São profissionais que ajudam pessoas e organizações a navegar na complexidade e a extrair o melhor de cada um, funcionando como um grande catalisador e ajudando a criar os caminhos necessários para inovar.

Se, por caso, você se identificou com algum desses perfis, sabia que a Echos – Escola Design Thinking pode te ajudar a se tornar um profissional inovador, independentemente de qual caminho queira seguir. Conheça nossos cursos!

Ricardo Ruffo

Ricardo Ruffo is a born entrepreneur, educator, speaker and explorer. As a writer by passion Ricardo daydreams on how the world is changing fast and how it could be.

Ruffo is the founder and global CEO of Echos, an independent innovation lab driven by design and its business units: School of Design Thinking, helping to shape the next generation of innovators in 3 countries, Echos – Innovation Projects and Echos – Ventures. As an entrepreneur, he has impacted more than 35.000 students worldwide and led innovation projects for Google, Abbott, Faber-Castell and many more.

Specialist in innovation and design thinking, with extensions in renowned schools like MIT and Berkeley in the United States. Also expert in Social Innovation at the School of Visual Arts and Design Thinking at HPI – dSchool, in Germany.

Naturally curious, love gets ideas flying off the paper. He always tries to see things from different angles to enact better futures. In his free time, spend exploring uninhabited places around the world surfing.