No processo de geração de ideias, qualquer ideia é válida, principalmente as mais loucas. Afinal são elas que nos levam para novos caminhos e nos possibilitam criar algo realmente novo.
Porém, é bastante comum durante o processo de ideação utilizar algumas palavras que consideramos armadilhas, pois dão a falsa ideia de que se trata de algo inovador. Para que não cometa esse erro e consiga obter as melhores ideias, abaixo estão listadas pelo consultor Nick Fransen da consultoria Board of Innovation as 8 armadilhas que devemos evitar no processo de geração de ideias. O texto original pode ser encontrado aqui.


Como um consultor de inovação na Board of Innovation, posso dizer que já conduzi minha cota de sessões de ideação. Poso afirmar que os resultados dessas sessões costumam ser surpreendentes. Provocar mudanças na forma de pensar é uma ótima forma de gerar ideias tangíveis e valiosas. A regra nº 1 do processo: não julgue as ideias na etapa de criação. (Imagino que não preciso lhe dizer isso, há muita literatura sobre hoje em dia)

Mas e aí? No final do dia, você quer sair com ideias que possa levar em frente. No entanto, muitas vezes times empacam no mundo abstrato e da fantasia: Bingo de palavras-armadilha! Isso é prejudicial para a inovação. e pode destruir a chance de uma ideia se tornar realidade. Por isso, deixe-me ajudá-lo(a) na sua próxima aventura criativa.

Aqui estão 8 palavras que deveriam te deixar de cabelo em pé: Leia-as atentamente!

  1. Plataforma: Sim, isso mesmo. Queria falar dessa em primeiro lugar. Eis o porquê: em 90% do tempo, apenas camufla uma ideia que você ainda não refletiu sobre. O que você quer dizer com isso? Um marketplace que conecta oferta e demanda? Um construtor de website no estilo faça-você-mesmo? O que seria a plataforma? Seja franco com você mesmo. Solução: Teste e explique sua ideia sem usar a palavra plataforma e provavelmente se dará conta de que se trata de um pensamento vazio…
  1. One Stop Shop (“loja tudo-em-um”): Então você quer atender necessidades e resolver problemas existentes de uma só vez? Talvez seja demais conseguir em uma tacada só com um time de 5 pessoas. Ao invés, liste todas as características que você precisaria. Que tal verdadeiramente entregar cada característica por vez?
  1. Disruptivo: O que na verdade mais incomoda com essa palavra é que não é utilizada de acordo com o seu real significado. A não ser que esteja oferecendo um serviço antes indisponível para certo grupo de consumidores a um preço consideravelmente mais baixo e com uma usabilidade drasticamente melhor, não chame sua ideia de disruptiva.
  2.  Rede: Quantas pessoas você precisa ter para considerar sua rede um sucesso? Ok. Que tal primeiro tentar convencer pelo menos 3 pessoas?
  3. Selo de Qualidade: “Ah criar uma rede dá muito trabalho. Ao invés disso, vamos criar um selo de qualidade”. Primeiro de tudo: quantos desses selos realmente existem hoje? Você presta atenção em algum deles? Não. Nem ninguém. Além disso: quantos parceiros de negócios você precisaria convencer para tornar o selo reconhecido no mercado?
  4. Omnichannel: Você está vivendo em 2005? Sendo bem sincero: foco! Encontre seus primeiros adotantes (early adopters) e valide qual seria o canal de distribuição mais adequado.
  5. Aplicativo: Sério, você realmente quer fazer um aplicativo? Se tivesse dito ChatBot, eu até teria ficado entusiasmado. Mas aplicativo?
  6. Big Data: Ai meu Deus.

Assim como Nick Fransen, esperamos que essa lista de alguma provoque uma reflexão sobre como podemos nos colocar em um processo de ideação para que possamos realmente contribuir para o grupo. Porém, vale dizer que não se trata de uma lista taxativa 😉

Ricardo Ruffo

Ricardo Ruffo is a born entrepreneur, educator, speaker and explorer. As a writer by passion Ricardo daydreams on how the world is changing fast and how it could be.

Ruffo is the founder and global CEO of Echos, an independent innovation lab driven by design and its business units: School of Design Thinking, helping to shape the next generation of innovators in 3 countries, Echos – Innovation Projects and Echos – Ventures. As an entrepreneur, he has impacted more than 35.000 students worldwide and led innovation projects for Google, Abbott, Faber-Castell and many more.

Specialist in innovation and design thinking, with extensions in renowned schools like MIT and Berkeley in the United States. Also expert in Social Innovation at the School of Visual Arts and Design Thinking at HPI – dSchool, in Germany.

Naturally curious, love gets ideas flying off the paper. He always tries to see things from different angles to enact better futures. In his free time, spend exploring uninhabited places around the world surfing.