A Descola selecionou para você quatro métodos simples de aplicar, que ajudam a reverter obstáculos em combustível para ideias inovadoras. A dicas foram dadas por um empreendedor, uma inventora, um filósofo e um executivo.
1- Identifique os hábitos que sua ideia pode ajudar transformar
Assim, podem surgir novas soluções e modelos de negócios. É o que ensina a startup brasileira Teslabit.
Criada em 2015, a empresa desenvolveu um sistema de gestão de energia elétrica para indústrias que elimina a adoção de metas de economia. Menos metas = menos demandas = mais dedicação ao que importa para a empresa.
“Não queremos nos tornar uma consultoria ou fornecer as análises. Acreditamos que se a economia de energia se tornar não apenas uma meta, mas um hábito, ela será incorporada como qualquer outra tarefa no dia a dia de uma empresa”, afirma Rodrigo Paiva, um dos fundadores da Teslabit.
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2- Dedique tempo às anotações e pesquisas
Quem afirma isso é a inventora Lisa Seacat DeLuca. Ela é dona de mais de 150 patentes e foi eleita uma das 35 pessoas mais inovadoras com menos de 35 anos pelo MIT Technological Review. Nos dias úteis, Lisa, que tem 32 anos, trabalha com computação e comércio mobile para a IBM, dedicando seu tempo livre ao desenvolvimento de suas invenções.
“A geração de ideias não é a parte lenta,” afirma DeLuca. “Qualquer um pode ter ideias muito rapidamente. Mas reservar o tempo para anotá-las e fazer pesquisas para descobrir se é uma boa ideia, ou como fazer para deixá-las ainda melhores, é realmente o gargalo na inovação.”
Entre as invenções de Lisa estão:
– um sistema de alerta para teleconferências que avisa quando um determinado assunto começa a ser discutido, ou alguém específico começa a falar;
– um sistema que guia pessoas que estão andando e falando no celular para que elas não percam o sinal;
– um aplicativo para lojistas que envia ofertas a clientes de acordo com sua locação dentro da loja (desenvolvido para a IBM).
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3- Estimule sua imaginação sem entrar numa viagem
Como? Fazendo novas conexões e combinações entre as partes que constituem sua ideia ou projeto. Assim, surgem novos pontos de vista e relações, que podem ser aproveitados.
Essa dica vem do matemático e filósofo francês Henri Poincaré (1854-1912), que estudou profundamente como a criação acontece nas ciências. Para Poincaré, ela se parece com um jogo de xadrez: examinam-se combinações úteis de jogadas, (ou conhecimentos e recursos disponíveis), para decidir quais são as melhores combinações.
“Uma demonstração matemática não é feita por uma justaposição de silogismos. Ela é feita pelos silogismos colocados em uma ordem determinada. E a ordem que estes elementos estão colocados é muito mais importantes que eles próprios”, ensina Poincaré no livro Ciência e Método, onde ele relata o processo de algumas de suas criações matemáticas.
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4- Desenvolva primeiro as partes mais fáceis do seu projeto
Fazer tradeoffs no início do desenvolvimento de uma inovação para desenvolvê-la e tangibilizá-la mais cedo pode otimizar o trabalho de criação. Esse é um dos aprendizados do estrategista especializado em inovação Andrew Waldeck.
Andrew é sócio da consultoria Innosight e trabalha com empresas dos setores financeiro, de saúde e de mídia, criando processos corporativos para gerar inovação mantê-las competitivas em um cenário marcado pela disrupção.
Um dos trabalhos de Andy foi ajudar o grupo finaceiro Citi a implantar um novo modelo de negócios para uma de suas principais franquias bancárias. O projeto combinava o uso de novas tecnologias, design centrado no usuário e processos de inovação para estreitar os laços entre bancário e cliente.
Para garantir o sucesso de um projeto disruptivo dentro de uma estrutura organizacional enorme, Andrew e os executivos do Citi elegeram um Chief Bottleneck Buster para identificar os principais gargalos da corporação e negociar com os responsáveis por cada um para que as necessidades do projeto fossem atendidas.
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