Não sei se você já conhece o Conta aí – a experiência contada por quem já fez. O Conta Aí é uma seção do nosso blog trazendo os alunos que passaram pelos nossos cursos da Escola Design Thinking com a proposta de compartilhar as suas experiências.

Dessa vez trouxemos o relato da Natalia Murizine, participante da última turma do Make It. Em meio a arduínos, impressoras 3D, máquinas de corte a laser e programação, Natalia descobriu que, mais do que pensar diferente, ela é capaz de transformar suas ideias em realidade e que, de fato, qualquer um – ou uma – pode ser um maker. Conheça essa história!

Meu nome é Natalia e tenho 21 aninhos. Desde pequena sempre fui muito estimulada a ser criativa, especialmente o lado artístico. Ao mesmo tempo, cresci morando com uma engenheira – minha mamãe. Lembro-me muito bem dela usando um conjunto de chaves Philips e abrindo coisas para tentar consertar.

Quando já era adolescente entrei, por curiosidade, para o grupo de robótica da escola. Os alunos sempre eram incentivados a fazer de tudo – montagem, programação e documentação. Foi quando tive a oportunidade de mexer com a metodologia de First e participar de campeonatos com robôs de Lego. Depois, no ensino médio, passamos a trabalhar outras formas de robótica e foi quanto tive o meu primeiro contato com arduínos.

No momento de escolher minha profissão, talvez pelo meu amor pela matemática ou a vontade de ser igual minha mãe, fiz todos os vestibulares para engenharia civil. Como ganhei bolsa de 100%, acabei ingressando em administração de empresas. Mas acho que foi um sinal, pois, em menos de 6 meses percebi que amava a ideia de me tornar administradora e não queria ser engenheira de verdade.

Atualmente, trabalho em uma seguradora e faço parte de uma espécie de comitê de inovação. Devido a uma premiação que recebi ano passado, poderia escolher um curso de imersão voltado para inovação. Apesar de amar o DIY (Do-It-Yourself ou o nosso faça-você-mesmo), ainda não conhecia sobre o movimento Maker. Por isso, decidi fazer o Make It, pois vi uma oportunidade de fazer algo bem diferente da minha rotina.

Posso dizer, definitivamente, foi a melhor escolha que poderia ter feito!

Logo de cara percebi qual seria meu maior desafio: estava totalmente fora da minha área de conforto, não conhecia nada nem sobre o movimento Maker e nem sobre como utilizaria tudo aquilo no meu dia a dia. Ao mesmo tempo, meus colegas pareciam estar muito mais à vontade com os conceitos.

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Natalia (de preto) e os demais alunos ouvindo a explicação do professor Rodrigo Rodrigues sobre soldagem

Minha solução?

Decidi me jogar de cabeça e tentar aproveitar ao máximo a experiência e ensinamento. Não apenas dos professores, mas também dos meus colegas. Foi gratificante ver que mesmo sem muita experiência consegui agregar para o grupo também.

O meu medo inicial deu espaço a uma imensa curiosidade. Além das palestras que foram muito ricas, tivemos a oportunidade de conhecer e utilizar máquinas que, algumas delas, nem tinha ouvido falar antes. Impressora 3D, Corte a laser, arduínos.

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Natalia programando o arduíno :)

Aprendi a manusear equipamentos muito versáteis que podem assumir diversas utilidades, sem contar que vê-los em funcionamento, formando objetos e rodando as programações, foi muito mágico!

O erro como elemento importante para inovação

Outro ponto de extrema importância para mim foi perceber que sim, errar faz bem.

Colocar a mão na massa é um eterno aprendizado. Algumas coisas deram certo fazer logo de cara, mas as que deram errado serviram para me fazer pensar em milhões de outras soluções para resolver o que não deu certo. Vejo como um aprendizado valioso quando se quer inovar.

O ambiente que foi proporcionado durante o curso também me fez perceber que mesmo que se desse tudo errado, o máximo que aconteceria seria ter que começar de novo e a diversão seria garantida!

Além disso, qual seria a graça de viver sem a constante sensação de a qualquer momento podemos ver a “fumacinha mágica”, a alma do Arduino? (fazendo o Make It você certamente irá entender, isso se não a encontar por lá…)

O maior aprendizado que levo comigo

O que levo de mais valioso depois de fazer o Make It é que para pensar fora da caixa é preciso primeiro sair da caixa.

Por ter uma visão mais de “gestora”, minha definição de inovação era apenas “pensar diferente”. Porém, após o curso, percebi que é possível ir além do pensar fora da caixa. Vi que eu mesma posso fazer qualquer ideia virar realidade. Essa visão mais pratica das coisas estou incorporando ao meu dia a dia, mudando minha maneira de pensar e executar minhas tarefas.

Pretendo também dar mais vazão para este meu lado maker. Acho que sempre tive o espírito do faça-você- mesmo dentro de mim, mas agora conheço melhor algumas ferramentas ou, pelo menos, quais seriam os caminhos para encontrá-las.

Este curso certamente fez com que eu me conhecesse melhor e perder alguns preconceitos que tinhas sobre minha própria capacidade de criar, programar, montar, conhecer e estudar eletrônica.  Da mesma forma, acredito que qualquer pessoa com o mínimo de curiosidade e abertura para novas experiências tem muito a aprender no Make It!

Se você se identificou com a história da Natalia e quer saber mais sobre o que é esse tal de movimento Maker e como você pode fazer parte dele também, não deixe de conferir esse post.


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Natália Murizine é administradora recém-formada e bailarina nas horas vagas. Acredita que a curiosidade e a proatividade são as fontes de grande parte do progresso e do auto desenvolvimento humano. Não acredita em generalização. No momento busca se aperfeiçoar em inovação especialmente voltada para Gestão de Projetos e Negócios.

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É empreendedora e educadora. Ela é cofundadora da ECHOS e suas unidades de negócios: Design Echos e Escola Design Thinking.

Ao longo dos últimos anos, Juliana tem trabalhado para desenvolver um ecossistema de inovação no Brasil. Atua como líder em projetos de inovação nas áreas de saúde, construção, internet das coisas e outros. Como educadora, dissemina o conceito de inovação para o bem.

Em 2014 palestrou no Global Innovation Summit, em San José, Califórnia e, em 2015 foi jurada do primeiro prêmio William Drentel de design para impacto social e foi convidada a palestrar no TEDx Mauá.