Estamos sempre falando aqui no nosso Blog como o Design Thinking é uma abordagem poderosa para inovação. Tão poderosa que muitas empresas estão enxergando como uma grande oportunidade estratégica trazer o Design Thinking para os seus negócios e estão transformando a forma como criam e desenvolvem seus produtos, serviços e processos.

Para ver como o Design Thinking acontece na prática no mundo corporativo, levamos, na última terça-feira, os alunos do curso de Imersão em Design Thinking para realizar o Tour Design Thinking. Nessa edição, tivemos a oportunidade de visitar três empresas: o Guia Bolso, a Geekie e o Itaú, que contaram para nós como o Design Thinking acontece no dia a dia da empresa. Veja como foi!

  • GuiaBolso e o poder dos protótipos

Como primeira parada, visitamos o Guia Bolso. Com o propósito de transformar a forma como as pessoas se relacionam com o dinheiro, o Guia Bolso oferece as ferramentas necessárias para que seus clientes adquiram o controle de suas contas para que consigam atingir uma vida financeira saudável.

Como funciona? A partir de plataforma web e/ou de um aplicativo, é possível ter o controle financeiro de forma automatizada e gratuita. Em alguns passos, o cliente sabe quanto recebe, quanto gasta e pode planejar seus gastos e quanto quer guardar. Também é possível categorizar as despesas de acordo com as necessidades dos usuários, além do usuário saber se está conseguindo atingir o que planejou no dia a dia. Para saber mais, você pode clicar aqui.

Mas como o Design Thinking acontece na GuiaBolso?

Logo que entramos, foi possível ver que a empresa possui uma estrutura que facilita a inovação: espaços abertos, pessoas trabalhando próximas sem distinção de cargos, postits nas paredes. Também vimos desenhados nessas mesmas paredes, o planejamento e as ações que a empresa está tomando, de modo que todos possam visualizar o andamento.

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Outro ponto que notamos de início no nosso bate-papo com Paula Crespi, Head de Marketing e Produto do GuiaBolso, foi que o Design Thinking é utilizado como uma forma de pensar, especialmente porque está centralizada no usuário final e possibilita criar soluções com menos recursos. No entanto, como é cultura da empresa, aplica-se o Design Thinking conforme a necessidade do projeto, combinando-o com outros conceitos como lean startup e scrum, por exemplo.

O User Experience, conceito que considera os sentimentos do usuário e sua interação com determinado produto, sistema ou serviço é muito presente no Design Thinking e também permeia todas as ações realizadas no GuiaBolso. Com foco no usuário e com pessoas dedicadas a isso, existe sempre a preocupação de que os produtos da empresa de fato facilitem a vida do cliente e façam com que ele cada vez mais se engaje e tenha uma relação melhor e mais saudável com suas finanças.

Algo que é bem marcante na cultura do GuiaBolso é o foco em prototipar e testar, sempre aliado ao uso de – muita – métrica. Todo produto, nova funcionalidade ou qualquer alteração na plataforma que desenvolvem é levado a teste e tem seu impacto quantificado.

Dependendo do tamanho da mudança e do tempo disponível, é realizado desde profundas pesquisas com usuários e não usuários, como também entre os próprios colaboradores e, se precisar, a equipe de Produtos sai pelo prédio e nas ruas para validar a ideia que tiveram.

Partem sempre do pressuposto que sempre haverá erros, então é melhor testar e testar rápido para que o usuário final tenha a melhor experiência possível.

O Design Thinking também está presente no GuiaBolso na estrutura organizacional e na forma como as equipes são formadas. A empresa se considera aberta e estimula a participação de todos. Não existem funções, mas sim equipes de trabalho. Grupos são formados de acordo com os objetivos da empresa, criando-se times multifuncionais ou matriciais, o que proporciona múltiplas visões sobre um problema e novas formas de gerar soluções.

De modo geral, vimos que os valores do Design Thinking, empatia, colaboração e experimentação estão muito vivos em todos os processos do GuiaBolso. Quanto à aplicação do Design Thinking como processo – o que significa dizer passar por todas as suas fases -, varia muito conforme a profundidade de inovação que cada projeto demanda.

Além disso, notamos que a “cultura de teste” como mencionado é tão forte que acaba criando um banco de dados de ideias, o que muitas vezes permite que essas ideias sejam diretamente transformadas em protótipos e levadas a teste.

  • Geekie e o usuário como tomador de decisão

A Geekie é uma empresa que enxerga o poder de aprender como a chave para qualquer transformação. E a gente sabe que o desafio da educação é gigante, não é mesmo? Só mesmo uma abordagem como o Design Thinking, poderia ajudar nesse processo.

Por meio da tecnologia de ensino, a empresa desenvolve ferramentas digitais que oferecem ao aluno uma experiência de aprendizado personalizada e baseada nos conceitos de gamification. Afinal, cada um aprende de um jeito. Além de ser uma ferramenta muito interessante para os professores que conseguem acompanhar em tempo real o desenvolvimento dos alunos, a plataforma é oferecida tanto na rede privada, quanto pública. Para saber mais sobre a Geekie, clique aqui.

Mas como o Design Thinking acontece na Geekie?

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Assim como no GuiaBolso, ao entrarmos na empresa foi possível notar a infraestrutura e a ocupação do espaço. Ambiente aberto, pessoas trabalhando em baias, uso das paredes como um grande display com quadros e post-its, onde são colocados o planejamento e as tarefas a serem desenvolvidas.

Além disso, na Geekie, as equipes de trabalho também são multidisciplinares e formadas de acordo com as necessidades de cada projeto. O foco no usuário também é bastante forte na empresa e está enraizado na cultura, pois entendem que o usuário é o grande tomador de decisão, como explicou André Battagello, engenheiro de software da Geekie.

André explicou também que o Design Thinking é utilizado como uma forma de quebrar hierarquias, por isso o conceito de espaços abertos e equipes multidisciplinares e que há liberdade para ser usado em tudo. No entanto, o uso do Design Thinking como abordagem de inovação é mais intenso na área de projetos, especialmente na parte de desenvolvimento de produtos.

Como exemplo, estão usando o Design Thinking e todas as suas etapas, para desenvolver um novo produto voltado para educação infantil.

Massa não é mesmo?

  • Itaú e a inovação em uma empresa gigante e tradicional – será?

Agora você já imaginou uma empresa cujo faturamento registrado no último ano foi de 27 bilhões de reais e que atua em um segmento de mercado considerado tradicional e conservador possa utilizar o Design Thinking?

Veja como o Design Thinking acontece no Itaú

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No Itaú, um dos maiores bancos brasileiros, o Design Thinking já é realidade há alguns anos. Desde 2010, o banco possui um espaço dedicado à inovação chamado Inovateca, uma área de mais de 200m² montada para liberar a criatividade que se tornou um laboratório para o desenvolvimento de novos produtos, serviços e processos.

Contando com uma equipe multidisciplinar em torno de 15 pessoas, é para a Inovateca que as demandas por novos produtos, serviços e processos são endereçadas pelo alto escalão do banco. Ali, as demandas são inseridas no fluxo de Design Thinking, passando-se por todas as etapas da abordagem, desde o entendimento do problema até a concepção de uma solução prototipada e testada.

Todos os funcionários também podem contribuir com ideias inovadoras por meio dos Challenges, em que são promovidos desafios de inovação e as melhores ideias são levadas para dentro da Inovateca.

Outro ponto de inovação presente no Itaú é o Cubo. Utilizado como uma via de acesso a novas tecnologias e um espaço para geração de novos negócios, o Cubo é uma aceleradora de negócios que abriga 50 startups ligadas a novas tecnologias.

Além de ser um ecossistema para empreendedores, grandes empresas, universidades, mentores e investidores, o CUBO tem se tornado um ambiente controlado de testes. As empresas aceleradas utilizam o próprio espaço, as demais empresas presentes e as pessoas que ali trabalham e circulam para prototipar e testar a suas soluções. É o Design Thinking sendo colocado em prática para valer!

  • Tá, e daí?

Muito interessante ver o Design Thinking sendo aplicado no mundo corporativo, de diferentes formas e profundidades, do modo que mais faz sentido para o negócio e para a cultura da empresa. Além disso, vemos emergir um movimento de se levar a inovação a sério, com estrutura e processos adequados, bem como pessoas preparadas.

Foi possível também perceber que o Design Thinking proporciona uma reflexão sobre como as empresas consideradas inovadoras operam, criam suas equipes e desenvolvem novos produtos. Especialmente porque passam, cada vez mais, a desenvolver soluções que de fato preencham às necessidades de seus clientes. Vale ressaltar que deixar o cliente feliz é algo imprescindível em um mundo com consumidores cada vez mais críticos ao que as companhias oferecem.

Ao mesmo tempo, as empresas ganham agilidade na proposta de novas soluções e aprendem mais rapidamente o que funciona ou não antes de um produto chegar ao mercado. Além disso, o Design Thinking permite mudanças nos modelos de gestão e proporciona um modo de trabalhar mais colaborativo e criativo.

Para mais detalhes sobre como o Design Thinking funciona na prática, recomendamos a você a leitura do nosso eBook gratuito. Para baixá-lo, basta acessar aqui. Nesse material, você aprenderá sobre a abordagem que tem revolucionado a forma como as empresas desenvolvem soluções inovadoras, bem como todas as etapas necessárias para que você possa também aplicar o Design Thinking na sua empresa, no seu trabalho e nos seus projetos!

Agora se você quer se jogar de cabeça igual essa galera fez e aprender de forma profunda essa abordagem centrada no ser humano para inovar em projetos reais, conheça o curso de Imersão em Design Thinking!  Durante 4 meses, você irá vivenciar intensamente os valores da empatia, colaboração e experimentação, ativar seu potencial criativo e aprender como colocar a inovação em prática. Torne-se um líder e facilitador projetos de inovação utilizando a abordagem do Design Thinking 🙂 Saiba mais.


pauloAdvogado, marketeiro e inquieto. Passou a notar que perdemos muito tempo tentando nos encaixar nos moldes dos outros e, por acreditar que todos possam encontrar a própria trilha, espera ajudar as pessoas nesse sentido. Participa de movimentos sobre empreendedorismo de impacto e crê na força dos negócios como ferramenta transformadora da realidade. Atualmente, faz parte do time da Escola de Design Thinking e sonha em ser facilitador de processos.

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Ricardo Ruffo

Ricardo Ruffo is a born entrepreneur, educator, speaker and explorer. As a writer by passion Ricardo daydreams on how the world is changing fast and how it could be.

Ruffo is the founder and global CEO of Echos, an independent innovation lab driven by design and its business units: School of Design Thinking, helping to shape the next generation of innovators in 3 countries, Echos – Innovation Projects and Echos – Ventures. As an entrepreneur, he has impacted more than 35.000 students worldwide and led innovation projects for Google, Abbott, Faber-Castell and many more.

Specialist in innovation and design thinking, with extensions in renowned schools like MIT and Berkeley in the United States. Also expert in Social Innovation at the School of Visual Arts and Design Thinking at HPI – dSchool, in Germany.

Naturally curious, love gets ideas flying off the paper. He always tries to see things from different angles to enact better futures. In his free time, spend exploring uninhabited places around the world surfing.