Sábado, 27 de fevereiro de 2016, dia que o nosso sonho se tornou realidade. Nossa missão era levar pela primeira vez o JAM, evento global realizado pelo Global Service Jam, para a comunidade de Heliópolis. Queríamos oferecer a moradores e líderes comunitários a oportunidade de vivenciar a inovação e a abordagem do design thinking e mostrar que qualquer um é capaz de transformar a própria realidade.
No Jam, existe um único desafio. Sim, todos os Jams, que acontecem simultaneamente no mundo, recebem o mesmo desafio e o grande barato é ver como cada região, país e localidade propõe soluções completamente novas!
Neste ano o desafio recebido foi um SOM. Um simples barulho d’água numa piscina de plástico – Se ainda não ouviu, ou quer ouvir de novo, é só apertar o play:
Havia muitas barreiras a serem superadas: levar inovação e uma abordagem nunca antes vista para os participantes de Heliópolis e, ainda, fazer com que a partir de um som conseguissem desenvolver e prototipar uma ideia…
Mas missão dada é missão cumprida, não é mesmo?
“No Helipa o Jam vai rolar, se liga nessa você vai se amarrar…”
Juntamos nossos #gerentesdebucha da Echos, os #tamojunto, facilitadores de design thinking e os #vamonessa, voluntários que fizeram os bastidores e partimos para a Associação Vem Ser, local do evento. Estrutura montada e participantes chegando. Muitos sorrisos nervosos e olhares de curiosidade, sem saber o que iria acontecer naquele dia. Parte moradores de Heliópolis, parte atuantes na região, e parte de fora que, via Catarse, vieram viver a experiência. Formada essa diversidade de opiniões, visões e histórias, o Jam começou a rolar. Conheça os participantes:
Foi incrível ver esse caldeirão em ebulição, ideias surgindo e um nível de comprometimento elevadíssimo. Não só choveu ideias como também vimos aflorar nos participantes a vontade de colaborar, de pensar no próximo e no coletivo. Questões como lixo, crise d’água, dengue permearam as discussões, mas cada grupo trouxe um olhar diferente. Heliópolis mostrou que existe um senso de cidadania latente e que há pessoas de diferentes idades, gênero, cor que querem fazer a diferença, mas que muitas vezes não sabem como ou por onde.
Se começaram nervosos, aos poucos os participantes foram se soltando e liberando toda a criatividade. Aliás, você já imaginou co-criar com uma senhora de 89 anos?
Também estimulamos que fossem a campo e conversassem com as pessoas, entender a extensão do problema que estavam procurando resolver.
No fim, o que era um som se transformou em diversas soluções incríveis: duelos de rap para estimular a economia de água; a superliga da reciclagem, em que moradores fazer mutirão para recolher o lixo; campanha de conscientização a partir do ciclo da água, para citar alguns.
Vimos que o maior empasse para que boas ideias apareçam não é o contexto, mas como enxergamos o mundo e como acessamos os recursos existentes. E para isso, o Design Thinking pode dar um empurrãozinho, já que reprogramando nosso modelo mental, mudamos a forma como enxergamos o mundo, nosso entorno e, consequentemente, podemos mudar a própria realidade.
Por partir do desejável, isto é, daquilo é importante e bom para as pessoas, o Design Thinking permite que criemos a melhor solução. A viabilidade financeira e técnica apenas amolda a ideia gerada. Esse olhar é muito diferente do que estamos acostumados, pois primeiro pensamos no que dá lucro ou no que é possível do ponto de vista técnico. Não por acaso, surgiram ideias simples e altamente replicáveis!
Está curioso(a) para saber o que mais rolou? Confira algumas fotos do evento e, na sequência, veja como foi a experiência para os participantes do Jam em Heliópolis.
Márcio (Catarse):
“A experiência de testar – falhar – apresentar foi incrível. O game [pensado inicialmente pelo grupo] poderia não ser bem visto em Heliópolis, por isso mudamos.
Teve todo um trabalho para a construção do grupo, a dificuldade de comunicação de início foi totalmente superada”.
Brenda (comunidade):
“Todo mundo entrou de um jeito e saiu de outro e isso a partir do barulho da água. Todo mundo saiu mais completo”.
Laura (#tamojunto):
“Eu to muito feliz, só tenho a agradecer. A energia, todo mundo empolgado, a possibilidade de troca. Ontem quando vazou o desafio eu pensei ‘lascou’. E na verdade foi fantástico! Grupo sempre traz mais do que a gente espera. Fantástico! Obrigada”.
Guilherme (#tamojunto):
“Ontem a gente tava com medo, uma coisa é fazer em um ambiente que você conhece, com convicção, empresas, e trazer para um contexto diferente foi um desafio. E foi sensacional! Aprendi muito com vocês!”.
Laís (comunidade):
“Cheguei sem noção, vamos lá, se joga. Ouvi o som e comecei a pensar… Procurava minha amiga ‘cadê a Maria?’ e a Maria tava lá do outro lado. Trabalhar com esse povo foi demais! Trabalhei com gente que nunca vi na minha vida”.
Ana Lucia (comunidade):
“Todo mundo que está aqui é privilegiado. A equipe é maravilhosa, só gentileza! Isso é doação. Além da mistura de ideias, de gerações. A Paola é maravilhosa, aquele tipo de pessoa que descomplica. Agora é só lamentar que acabou!”
Paulo (#tamojunto):
“Extraordinário o que aconteceu hoje! Pessoas no fluxo, acordos incorporados, todos pareciam amigos! Design Thinking ajuda a desenvolver humanidade e é levar isso pra vida. Humanidade você aprende todos os dias. Todo mundo tinha brilho no olho, mesmo não sabendo o que ia acontecer. Todas as ideias (apresentadas) poderiam ser negócios, gerar renda. Mudar o mundo é isso, passa por inovação e valores”.
Paola (#resolvebucha):
“Ouvi cada coisa maravilhosa, vinda do coração mesmo. O que mais me tocou foi a entrega. Vi no olhar de vocês a sede de aprender e que estavam perdidos… no meu primeiro JAM eu também estava perdida. Aquele foi inesquecível, mas o dia de hoje conseguiu superar! Hoje foi um primeiro passo, espero que sejam multiplicadores, empreendam, inspirem e com isso a gente muda o mundo de verdade!”
Por fim, não poderíamos deixar de agradecer aos nossos parceiros Associação Vem Ser e Biblioteca Comunitária de Heliópolis, nas pessoas da Cacilda Velasco, Cássia Eguthi, Regiane Bernini, Weba, Junior, Pedro e Angela Aparecida.
Gostaríamos de agradecer a Equipe ECHOS, e todos os voluntários que participaram da organização do evento:
André Cherri |
Andréa Freire |
Bruno Matinata |
Cláudio Yamaguchi |
Cléber PS |
Cybele Ozório |
Daniella de Souza Dolme |
Giulia Pagliarini Lanzuolo |
Giulia Pagliarini Lanzuolo |
Guilherme Jamur Gomes |
Jose Adonis Fogaca Jr |
Karla Silva |
Karla Silva Cherri |
Laura Lemos |
Leticia Setembro |
Luiz Otavio Rocha Cruz |
Rafaela Calheiros |
Regina do Nascimento Silva |
Rodrigo de Oliveira |
Victor Hugo Mathias |
Além de todos os lindos e lindas que contribuíram no Catarse para fazer esse sonho acontecer:
Alexandre Alves |
Aline Souto Sanchez Nottolini Morelli |
Ana Cláudia da Silva Souza |
Anderson M. |
Bianca |
Camila de Carvalho Dias |
Camila Regina Rejes |
Carla Link |
Christianne Poppi |
Claudio Procida |
Diego Passos |
Edson Júnior |
Eduardo de Avellar Torres |
Elza Rabelo lira |
Fernanda Brecht |
Fernanda Sobral Pacheco |
Gabrielle Toledo |
Guilherme Jamur Gomes |
Guilherme Seabra |
Jamile Dertkigil |
Johanna Faller |
Johanna Faller |
Jose Adonis Fogaca Jr |
Josyane Maria Castro de Souza Mori |
Juliana Bach |
Juliana Caputo |
Juliana F. Rodrigues |
Juliana Kojima |
Juliana Proserpio |
Laís Machado Rocha |
Leonardo Oliveira |
Lessandra Priebe Kobus |
Letícia Gomes Genesini |
Luciano Cantinelli Gobitta |
Luiz Otávio Rocha Cruz |
Marcio Namiki |
Mariana Fonseca de Souza |
Mario Sergio de Oliveira Fontes |
Michel Faingezicht |
Michel Porcino |
Paloma Bellucci Ortolan |
Paola Bellucci Ortolan |
Paola Bellucci Ortolan |
Paulo Roberto Bettio |
Raquel Rocha |
Renan Bulgari |
Renata |
Ricardo Mansano Filho |
Ricardo Ruffo |
Roberta Mendonça |
Roger Franca |
Roseli Rodrigues Ruffo |
Sabrina Loiola |
Sandra Congilio |
Thaísa Mayumi Kochi |
Vinicius Aranha |
OBRIGADO!
#SPJAM #Borahelipa
*Fotos tiradas pelo fotógrafo André Cherri. Conheça o trabalho incrível do casal André e Karla em BikeandSpices.
**Cobertura jornalística de Daniella Dolme.