Sempre estamos definindo o Design Thinking como um modelo mental, uma nova forma de pensar, uma nova maneira de resolver problemas complexos. Convidamos Paulo Bettio, aluno do curso de Imersão em Design Thinking, a compartilhar, a partir de suas vivências, sua percepção sobre esses conceitos. Confira!
Nos últimos três anos tenho me dedicado ao estudo do Design Thinking e de ferramentas de inovação. E quanto mais eu estudo, mais certeza eu tenho que o Design Thinking é o caminho para construirmos um mundo melhor. Não o único caminho, não para todos e não necessariamente fácil!
Gerar inovação é uma necessidade e uma questão de sobrevivência! Mas, hoje em dia, a produção de inovação já não se sustenta e não se justifica se estiver descolada de elementos essenciais para transformarmos, efetivamente, o nosso planeta em um lugar melhor para todos. Responsabilidade social, sustentabilidade, responsabilidade ambiental, consumo responsável, sistemas de economia colaborativa, etc, sempre estão, de alguma forma, na pauta e/ou no foco.
O Design Thinking não é uma ferramenta, ou um experimento, ou uma metodologia formatada e engessada, com fases e etapas lineares que, se cumpridas, produzirão resultados mágicos para a solução de todos os problemas das empresas e da humanidade. É um modelo mental não-cartesiano que privilegia e estimula o pensamento plural, sistêmico, multicultural, multidisciplinar, divergente (ou multivergente), em busca de soluções para a construção de um futuro melhor.
“O Design Thinking é o equilíbrio entre negócio e arte, estrutura e caos, intuição e lógica, conceito e execução, ludicidade e formalidade, controle e empoderamento.”¹
Na prática, o Design Thinking é uma abordagem centrada no ser humano, que acelera a inovação e soluciona problemas complexos.²
E para que isso aconteça efetivamente, o pensamento do Design Thinking propõe quatro grandes mudanças:
1. Decisões centradas no ser humano;
2. Questionar as questões;
3. Construir para pensar;
4. Iterar (sim, é iterar mesmo! Não é um erro de digitação.)
Mas para usufruir de todo o potencial de inovação que o Design Thinking pode proporcionar é preciso uma mudança essencial que começa em cada um de nós – a mudança do nosso modelo mental (mindset)! E este é, acreditem, o maior desafio!
Abrir mão de nossas crenças (ou no mínimo flexibilizá-las), de nossos pontos de vista, aceitar pensamentos divergentes, não são, a princípio e no princípio, coisas fáceis para a maioria. É preciso estar disposto e preparado para aceitar essas mudanças, pois se não houver esta pré-disposição o processo pode ser frustrante e, até mesmo, doloroso. Design Thinking só funciona para quem tem a capacidade, ou a vontade, de colocar os outros no mesmo patamar, no mínimo, que a si próprio. Fazer concessões sem sofrimento e sem traumas, aprender a ouvir, colaborar, construir junto, experimentar, arriscar, testar, colocar-se no lugar do outro, são alguns dos elementos que embasam os valores do Design Thinking: EMPATIA, COLABORAÇÃO e EXPERIMENTAÇÃO.
É isso aí pessoal!
Sejam bem-vindos ao fantástico e apaixonante mundo do Design Thinking!
Abraços a todos!
Paulo Bettio
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Referências:
1. MOOTEE, Idris. Design Thinking for Strategic Innovation: What They Can’t Teach You at Business Or Design School. Wiley, 2013.
2. Tool kit Design Thinking – Escola de Design Thinking – Echos Laboratório de Inovação.
*Texto originalmente publicado no portal Papo de Fotógrafo onde Paulo é colunista. Acesse aqui.
Paulo Bettio é publicitário, empreendedor, Design Thinker e colunista do portal Papo de Fotógrafo.