Todo negócio tem sua história e a Echos não é diferente. Se hoje somos a Echos, um laboratório de Inovação voltado a desenvolver e disseminar inovação para o bem, mas que seja para valer; se hoje a Echos é formada por três negócios, a Escola Design Thinking, a Design Echos e a Descola, houve um tempo que tudo isso era só uma ideia.

São 6 anos de evolução: no modelo de negócio; das pessoas; do que significa fazer inovação para o bem, inovação para valer.

Mas como essa história começou?

Em Julho de 2010, Juliana Proserpio e Ricardo Ruffo eram pessoas cheias de ideias malucas.

Na época, estudavam como o design pode gerar mudanças sociais na School of Visual Arts em Nova Iorque. Movidos pela vontade de unir as ideias malucas a um impacto positivo na sociedade, decidiram dar o primeiro passo.

Viram que poderiam disseminar as experiências vividas e as novas formas de pensar por meio de um blog. Foi então que surgiu o blog Design Echos com artigos relacionados a temas que envolviam inovação e impacto social.

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Por que Design Echos?

O objetivo era ecoar uma nova forma de pensar através do design para os negócios e com impacto social positivo.

Nos meses seguintes, o blog começou a ganhar relevância e, de fato, descobriu-se que realmente haviam muitas pessoas interessadas no assunto! Foi um momento muito importante de validação. A princípio, o que parecia maluca, quando materializada e colocada a prova, passou a ganhar sentido e forma.

Em setembro de 2010, Ricardo e Juliana foram convidados para realizar uma palestra na ESPM como professores convidados e acabaram conhecendo Luis Fernando Guggenberger, do (extinto) Instituto Vivo. Da conversa, surgiu a possibilidade de criar algo maior que apenas um blog. Foi então que aconteceu o primeiro projeto inovação da Design Echos.

Ainda em setembro do mesmo ano, Ricardo e Juliana foram estudar design thinking na HPI School of Design Thinking, na Alemanha. No retorno ao Brasil em 2011, a dupla voltou com um único objetivo de formalizar a Design Echos como uma consultoria de inovação.

Indo muito além do blog

A partir disso, realizar projetos de inovação passou a fazer sentido, ganhou tração e novos clientes começaram a surgir. Como a Pande Design Solutions e a Tecnisa. O projeto da Tecnisa foi especialmente desafiador, não só porque estamos falando de umas das empresas mais inovadoras no setor de construção mas também porque a missão era de repensar a função de garagem de prédio.

Em paralelo, começou a emergir uma alta demanda por parte de empresas para treinamentos e capacitação corporativas. Tanto que, ao final do ano de 2012, 40% do faturamento da então Design Echos era proveniente dessa area.

Esse processo de testar novas possibilidades foi decisivo para que experimentássemos um novo caminho e criar a Escola Design Thinking.

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Registro quando entramos no nosso espaço em Moema e onde começou a Escola

A Escola Design Thinking surgiu com a missão clara de formar a nova geração de inovadores brasileiros. Se hoje o portifólio conta com 11 cursos, o início foi de experimentação, sendo lançado um único curso: o Imersão em Design Thinking com mais de 150 horas, 4 projetos práticos e uma empresa parceira.

Assim, 2013 foi quando passamos a desbravar o mundo maravilhoso da educação. Como resultado nesse ano, a Escola atingiu 70 alunos.

Mas nem tudo são flores…

Em apenas 3 anos, o que era uma ideia à beira da praia se tornou uma empresa de inovação. Porém, 2014 foi um ano de prova de fogo. A marca Escola Design Thinking se equiparou à Design Echos.

Qual seria o próximo passo?

O caminho decidido foi de unificar as marcas, criando-se a Design Echos School. O resultado, na verdade, foi um fracasso. Erramos. O que nos levou a voltar alguns passos, mantendo as marcas (in)dependentes como antes.

2015: o ano dos Descolados

Uma relação antiga, desde 2011, ganhou corpo e em agosto de 2015 a Descola passou a também estar ligada à Design Echos e à Escola Design Thinking.

A entrada da Descola foi fundamental para que pudéssemos gerar ainda mais impacto na vida das pessoas a partir de uma nova forma de aprender, a online.

Nesse momento também, ficou evidente a maturidade que o negócio estava atingindo. A Design Echos realizando diversos projetos com grandes empresas; a Escola Design Thinking tendo capacitado quase 2000 alunos em inovação; e a Descola trazendo uma tecnologia proprietária de aprendizado online, além de mais de 10 mil alunos.

Hora de se tornar global

Diante desses números, começamos a tirar do papel a ideia de ir global. Assim, iniciou-se o plano de abrir uma unidade fora do Brasil. O destino escolhido foi a Australia. Com o objetivo de testar o mercado, levamos nossa experiência de aprendizagem para Melbourne aplicando o curso compacto em design thinking. Foi a primeira vez da Escola Design Thinking ou melhor da School of Design Thinking em terras australianas.

De interessante, além da receptividade ao jeito brasileiro de inovar, encontramos um país efervescente quando se trata de inovação. Um país que cada vez mais está pensando de maneira global e se posicionando como tal. Caso queira saber mais sobre o que está acontecendo por lá, não deixe de conferir nosso post sobre inovação e a gastronomia na Austrália.

E 2016?

Estamos na metade do ano, mas se pudéssemos sintetizar em uma palavra para 2016 seria mudança.

Foi nesse ano que surgiu a Echos – Laboratório de Inovação com suas 3 linhas de atuação tanto para pessoas quanto empresas.

Mudamos de espaço. Deixamos os 200m² localizados em Moema para uma nova casa de 600m² na Vila Olímpia. Um espaço que agora oferece uma experiência de aprendizado e de desenvolvimento de projetos muito mais criativa e inovadora.

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Noite de inauguração do novo espaço e da Echos – Laboratório de Inovação

O primeiro semestre também foi marcado pelo retorno à Austrália, em que rodamos 3 turmas em design thinking, impactando 70 participantes nas cidades de Melbourne, Sydney e Brisbane.

Atualizando os números, até agora são mais de 3500 profissionais treinados, 12.000 alunos na plataforma online e muitos projetos desenvolvidos para grandes marcas brasileiras como Itaú, Abbott, Abbvie, Albert Eisntein, entre outros.

Ainda há muitas novidades para o segundo semestre: novo retorno para Australia; início das operações no Rio de Janeiro; novos cursos e projetos, entre outras iniciativas.

E, de toda a nossa história, se pudéssemos destacar três grandes aprendizados nesse processo seriam:

A importância das pessoas

Uma ideia jamais teria se tornado um negócio se não fosse pelas pessoas que aqui estão ou passaram pela Echos, bem como todos aqueles que de alguma forma apoiaram a nossa “maluquice”.

Com certeza o capital humano é o grande combustível para que sejamos cada vez mais inovadores e possamos “fazer coisas que nunca fizemos antes”.

Espaço para experimentar

Algo que faz parte do nosso DNA é que sempre nos permitimos testar as ideias. O erro, como fonte de aprendizado, tem nos permitido criar novas possibilidades, produtos e serviços. Tem nos permitido entender o que faz sentido e o que não faz.

Afinal, um dos grandes segredos para ser inovador é utilizar a inovação como um processo constante de experimentação.

Ter clareza do nosso propósito como negócio

Um blog, uma consultoria de projetos, uma escola de inovação ou um laboratório? As formas mudam, morrem ou evoluem. Muitas empresas acabam se apegando a essas formas, ao produto ou serviço, mas pouco entendem a sua essência.

Fazendo um paralelo com a natureza, não necessariamente a espécie mais forte ou mais ágil que sobrevive, mas aquela com maior capacidade de adaptação.

Por isso, acreditamos que a nossa habilidade de adaptação e de evolução vem do entendimento do nosso papel no mundo. Queremos fazer a inovação acontecer e que seja para o bem, transformando a vida das pessoas. É o que nos motiva todos os dias a continuar inovando.

Sobre o futuro?

O sonho ainda é grande. A missão de exportar essa nossa personalidade de inovação, esse jeito novo de criar o novo para o resto mundo também. Claro que há muitas dúvidas, incertezas. Mas esse é o mundo que vivemos. Volátil, incerto, complexo, ambíguo. O importante é saber aproveitar o processo.

Quanto a isso, tem sido uma grande aventura. Que venham os próximos 6 anos!

Ricardo Ruffo

Ricardo Ruffo is a born entrepreneur, educator, speaker and explorer. As a writer by passion Ricardo daydreams on how the world is changing fast and how it could be.

Ruffo is the founder and global CEO of Echos, an independent innovation lab driven by design and its business units: School of Design Thinking, helping to shape the next generation of innovators in 3 countries, Echos – Innovation Projects and Echos – Ventures. As an entrepreneur, he has impacted more than 35.000 students worldwide and led innovation projects for Google, Abbott, Faber-Castell and many more.

Specialist in innovation and design thinking, with extensions in renowned schools like MIT and Berkeley in the United States. Also expert in Social Innovation at the School of Visual Arts and Design Thinking at HPI – dSchool, in Germany.

Naturally curious, love gets ideas flying off the paper. He always tries to see things from different angles to enact better futures. In his free time, spend exploring uninhabited places around the world surfing.