Alguns anos depois que Leah Sass conseguiu seu primeiro emprego de UX/UI como líder de Design de Produto, o mercado estava passando por mudanças e a empresa considerou demitir parte da equipe. A empolgação do trabalho passou quando Leah sentiu a pressão para performar melhor. Ela precisou lutar por sua posição e se reinventar na indústria criativa pós-pandemia. Quanto ao cargo, Leah achava que era somente um título, pois ela não liderava nada e sequer havia equipe de design.
Ela se manteve firme, e começou a questionar tudo o que sabia como designer e criativa. O que ela poderia fazer para ir além de arrastar pixels para lá e para cá e realmente causar um impacto? Ela queria um design mais orientado por dados.
Quando nada parecia dar certo, Leah começou a sofrer o mesmo que muitas pessoas nessa situação: a síndrome do impostor.
Ela olhou para os trabalhos que fez e teve a impressão de que eles pareciam ter caído do céu, sem qualquer motivo que os justificasse. Não havia dados para embasá-los e nenhum direcionamento. Ela começou a se questionar: pegou o mouse, desenhou algo, apagou, redesenhou, se mexeu na cadeira e olhou longamente para a tela, desejando ter algo melhor para fazer.
Você sofre com a síndrome do impostor? Faça o teste aqui (em inglês).
Então Leah viu um post no LinkedIn de um amigo de faculdade, Matt Johnson. Matt anunciou que iria ministrar um workshop durante o curso inaugural de 12 semanas de liderança em design da Echos. Curiosa, ela clicou no link do site da Echos para saber mais sobre o curso. Isso a fez questionar a palavra “liderança”. Apesar do cargo que possuía, ela hesitou e duvidou de si mesma. “Eu não sou uma líder”, pensou. Ela se inscreveu no curso com relutância, embora não tivesse a menor ideia do que isso poderia significar para a sua carreira.
Durante a primeira sessão do workshop, Leah ouviu Andy Polaine falar como todos os líderes em design passam por uma crise na sua transição de executor para líder. Um declínio no entusiasmo; aquele questionamento: “será que sou bom o suficiente?”.
(Assista a um trecho da palestra de Andy Polaine aqui)
Foi quando a ficha de Leah caiu: “meu Deus! É exatamente assim que me sinto!”. Naquele momento, ela soube que tinha tomado a decisão certa ao se inscrever no curso.
Leah não é a única que se sente assim. Uma pesquisa recente (focada no setor de publicidade) buscou entender o sentimento dos criativos durante a pandemia. Veja a seguir as descobertas:
- 61% dos profissionais disseram que se sentiram menos criativos em seu trabalho durante a pandemia.
- 42% dos criativos afirmaram que se sentiram esgotados de vez em quando, enquanto 27% disseram que ainda se sentem assim. Apenas 10% dos entrevistados responderam que não sofrem de burnout.
- Dos criativos que sofrem com burnout, mais de 50% culpam o número de horas trabalhadas e a falta de motivação no trabalho.
- Quase 60% dos criativos dizem que se sentem realizados no seu trabalho, enquanto mais de 50% ainda considera mudar de carreira.
Fonte: https://www.businesswire.com/news/home/20210908005379/en/
Você já passou por crises na sua carreira de designer? E como você superou-as?
Outro assunto que chamou a atenção de Leah foi o gerenciamento do fluxo de trabalho. Mesmo sendo uma “equipe de uma pessoa só”, ela não sabia como criar um processo verdadeiramente produtivo e colaborativo que funcionasse com os desenvolvedores e gerentes de produto. No Workshop de Liderança em Design da Echos com Matt Johnson, Leah aprendeu a liderar o desenvolvimento de produtos e times em áreas que precisam de acompanhamento constante e entendeu como não é preciso tentar fazer tudo de uma vez só.
A cada workshop, a cada masterclass, Leah foi percebendo as lacunas na sua liderança criativa, como ela não conseguia defender os valores do design e como ela poderia influenciar o negócio, alinhando seus objetivos como designer aos da empresa.
E quando ela finalmente se acostumou a ser líder, foi demitida do trabalho que a introduziu ao mundo da liderança.
Tudo aconteceu muito rápido e na hora certa. Rápido porque Leah não esperava que isso acontecesse. E na hora certa porque era a pausa que ela precisava para se repaginar.
Em meio ao caos da demissão, uma fintech B2B SaaS a chamou para uma entrevista de emprego. Ela sabia o que fazer. Desta vez, Leah não questionou se o trabalho estava além das suas capacidades. Antes mesmo de terminar o aviso prévio de 30 dias, ela assinou o contrato com a startup.
Quando perguntada sobre o que mudou no seu cargo como líder em design de produto de uma fintech SaaS, ela menciona algumas coisas:
- Ela não se sente mais uma impostora
- Ela sente que merece o cargo, embora seja o mesmo de antes.
- Ela se sente mais confiante para buscar conhecimento e prática.
- Ela agora define metas trimestrais usando os fluxos de trabalho que aprendeu durante o workshop.
Assista à história de Leah aqui.