Essa é uma questão que sempre me perguntam quando comento sobre o meu projeto “Think Cleary” e o meu curso de Visual Thinking.

Sinceramente, ainda não parei para sintetizar em uma única página sobre isso. Confesso que, de início, não sabia como exatamente explicar. Apenas comecei a dar aula sobre visual thinking (ou pensamento visual), sem ter real clareza sobre o que seria. Estava apenas tentando vende-la, e de alguma forma, consegui com sucesso.

Entretanto, após ter ensinado para mais de 100 pessoas em três diferentes continentes, comecei a ver os contornos desse processo.

Em essência

Em essência, é a minha popular newsletter “Think Cleary” lida por mais de 10.000 pessoas, transportada para um workshop de 7h com 5 a 30 participantes. Para os meus leitores, essa explicação parece ser suficiente para que venham fazer o curso e convencer seus amigos a participarem também.

17 participantes trabalhando juntos em Zurique

Mas sobre o que é o curso?

Considerando que o tema central do meu curso é “como pensar de forma clara?” em um mundo hiperconectado e que demanda constante atenção, procuro trazer uma luz sobre como nós criativos e criadores, pessoas de negócios e líderes, podemos nos manter focado no que realmente importa.

Minha abordagem (que utilizo na minha vida, no curso e também a exponho em duas newsletters que produzo) é uma mistura de 5 elementos:

  • Pensamento Visual (usando apenas formas básicas, gráficos e diagramas, papel e caneta para representar ideias)
  • Produtividade (criando sistemas para analisar, priorizar e criar foco contínuo)
  • Criatividade (gerando novas ideias e melhorando ideias dos outros)
  • Autorreflexão (usando o registro diário como método para otimizar o aprendizado e gerar insights sobre você mesmo)
  • Colaboração ágil (usando fundamentalmente formas iterativas de testar, observar e melhorar nós mesmos, nosso trabalho e nossas equipe continuamente)

Do meu ponto de vista, os tópicos se misturam e não há uma clara separação entre esses cinco elementos ao longo do curso. Claro que de alguma forma, alguns tópicos estão mais inter-relacionados do que outros, mas que, no todo, estão conectados.

Um grupo descobrindo diferentes formas de fazer cachorro-quente em Londres

Como funciona o aprendizado?

É uma aula em que não usamos qualquer tecnologia.

O conteúdo do curso é disposto em 12 folhas de flip-chart que enrolo e levo na mala. Não há slides. Não há projetor.

Todos os participantes fazem exercícios que exigem o desenho e a escrita usando canetas Sharpies e papéis grossos, ou se preferirem, nos seus próprios cadernos. Ao longo do dia, introduzo os conceitos e novos caminhos brevemente. Então peço a todos que façam exercícios individuais para praticar. Na sequência, os participantes discutem entre eles, no próprio grupo, o resultado e, por fim, recapitulamos juntos o aprendizado e extraímos o que foi aprendido.

Acredito que assim aprendemos de forma verdadeira e coletiva, muito diferente se apenas ficassem me ouvir falar.

Uma folha de flip-chart com dicas sobre como escrever de forma mais legível

Para quem é este curso?

Muitas pessoas podem se beneficiar do pensamento visual. Acredito que a extensão do impacto depende também da necessidade de cada um. Posso dar o exemplo de um participante, médico, que liderava um projeto relacionado ao vírus Ebola na África e cruzou os Estados Unidos para fazer o curso. Ao final, achou muito valioso o aprendizado.

Também já tive a oportunidade de receber em meu curso diversas pessoas da área de tecnologia, como engenheiros de software, gerentes de projetos, projetistas de experiência ao usuário, entre outros. Além de empreendedores, pessoas da indústria criativa, financeira, marketing. Enfim, vejo que o público é bastante diversificado e que diferentes tipos de profissionais podem se beneficiar da abordagem.

Como elemento em comum, todos parecem apreciar o curso porque é divertido e excitante, bem como por oferecer métodos práticos e simples para registrar e desenvolver ideias. Ademais, entra em uma seara reflexão profunda e pessoal, servindo como ferramenta para conseguir a clareza mental tão necessária nos dias de hoje.

Curso em Melbourne

Ficou interessado(a)?

Já tive a oportunidade de levar a minha aula para diferentes partes do mundo, como por exemplo Austrália, Reino Unido, Suíça e é claro em Nova Iorque onde eu vivo atualmente com minha família.

No Brasil, o ofereço o curso de Visual Thinking em parceria com a ECHOS – Escola Design Thinking. Se estiver buscando aprender como expor suas ideias e projetos de forma visual e criativa, gostaria de convidar você a participar do curso! Estarei no Rio de Janeiro e em São Paulo, nos dias 19 e 20 de março, respectivamente. Para saber mais informações, acesse aqui.

Ricardo Ruffo

Ricardo Ruffo is a born entrepreneur, educator, speaker and explorer. As a writer by passion Ricardo daydreams on how the world is changing fast and how it could be.

Ruffo is the founder and global CEO of Echos, an independent innovation lab driven by design and its business units: School of Design Thinking, helping to shape the next generation of innovators in 3 countries, Echos – Innovation Projects and Echos – Ventures. As an entrepreneur, he has impacted more than 35.000 students worldwide and led innovation projects for Google, Abbott, Faber-Castell and many more.

Specialist in innovation and design thinking, with extensions in renowned schools like MIT and Berkeley in the United States. Also expert in Social Innovation at the School of Visual Arts and Design Thinking at HPI – dSchool, in Germany.

Naturally curious, love gets ideas flying off the paper. He always tries to see things from different angles to enact better futures. In his free time, spend exploring uninhabited places around the world surfing.